UOL


São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Simplificação pode aumentar procura

DA REPORTAGEM LOCAL

Após os bons resultados que a maior facilidade oferecida pelo "home broker" tem dado, o mercado busca novidades que simplifiquem as regras e atraiam cada vez mais o pequeno investidor.
A próxima grande mudança aguardada pelo mercado é a transformação das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo de lote de mil para unitária. Atualmente, das 370 empresas listadas na Bolsa, apenas 146 possuem ações com valor unitário. As outras 224 são cotadas por lote de mil.
Se para o grande investidor isso não faz muita diferença, para a pessoa física a cotação por lote de mil pode ser algo confuso.
"De cada 100 clientes pessoa física que nos procuram, 20 não entendem o que significa o lote de mil e acabam desistindo de investir no mercado de ações. Por isso, fazer todas as ações passarem a ter cotação unitária vai facilitar a popularização do mercado", diz Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Apesar de ainda não ter data para acontecer, a mudança já tem sido trabalhada pela Bovespa.
"O desejo da Bolsa é que os papéis tenham cotação unitária. Para isso, começamos a conversar com as empresas para que a mudança aconteça", afirma Nelson Ortega, gerente de relações com empresas da Bovespa.

Mudanças
O Bradesco já decidiu que vai alterar o sistema de cotação de suas ações, de lote de mil para unitária. No pregão de sexta-feira, o papel PN do Bradesco fechou cotado a R$ 14,55 o lote de mil.
Outra mudança feita pelo Bradesco para tornar seus papéis mais atrativos foi a de dar às ações preferenciais a vantagem de serem incluídas em oferta pública -como acontece com o papel ON- em eventual troca de controle acionário da instituição.
Por essa regra (chamada de "tag along"), no caso de venda do controle do banco, os detentores de ações PN receberão o preço equivalente a 80% do valor pago ao acionista majoritário.
A Suzano, em busca de elevar sua liquidez na Bolsa, chegou a pagar uma comissão progressiva para as corretoras que conseguissem atrair o maior número de acionistas.
A aprovação de uma emissão de R$ 300 milhões em debêntures conversíveis em ações pela Petrobras aparece como outra decisão para pulverizar o mercado. (FV)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Instituições financeiras devem voltar
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.