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Simplificação pode aumentar procura
DA REPORTAGEM LOCAL
Após os bons resultados que a
maior facilidade oferecida pelo
"home broker" tem dado, o mercado busca novidades que simplifiquem as regras e atraiam cada
vez mais o pequeno investidor.
A próxima grande mudança
aguardada pelo mercado é a
transformação das cotações das
ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo de lote de mil
para unitária. Atualmente, das
370 empresas listadas na Bolsa,
apenas 146 possuem ações com
valor unitário. As outras 224 são
cotadas por lote de mil.
Se para o grande investidor isso
não faz muita diferença, para a
pessoa física a cotação por lote de
mil pode ser algo confuso.
"De cada 100 clientes pessoa física que nos procuram, 20 não entendem o que significa o lote de
mil e acabam desistindo de investir no mercado de ações. Por isso,
fazer todas as ações passarem a ter
cotação unitária vai facilitar a popularização do mercado", diz Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Apesar de ainda não ter data para acontecer, a mudança já tem sido trabalhada pela Bovespa.
"O desejo da Bolsa é que os papéis tenham cotação unitária. Para isso, começamos a conversar
com as empresas para que a mudança aconteça", afirma Nelson
Ortega, gerente de relações com
empresas da Bovespa.
Mudanças
O Bradesco já decidiu que vai alterar o sistema de cotação de suas
ações, de lote de mil para unitária.
No pregão de sexta-feira, o papel
PN do Bradesco fechou cotado a
R$ 14,55 o lote de mil.
Outra mudança feita pelo Bradesco para tornar seus papéis
mais atrativos foi a de dar às ações
preferenciais a vantagem de serem incluídas em oferta pública
-como acontece com o papel
ON- em eventual troca de controle acionário da instituição.
Por essa regra (chamada de "tag
along"), no caso de venda do controle do banco, os detentores de
ações PN receberão o preço equivalente a 80% do valor pago ao
acionista majoritário.
A Suzano, em busca de elevar
sua liquidez na Bolsa, chegou a
pagar uma comissão progressiva
para as corretoras que conseguissem atrair o maior número de
acionistas.
A aprovação de uma emissão de
R$ 300 milhões em debêntures
conversíveis em ações pela Petrobras aparece como outra decisão
para pulverizar o mercado.
(FV)
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