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São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

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Instituições financeiras devem voltar

DA REPORTAGEM LOCAL

O sobe-e-desce dos juros neste ano é apontado por analistas como o principal motivo que levou as instituições financeiras a diminuir consideravelmente seus negócios na Bovespa.
Em fevereiro, a taxa básica de juros da economia (Selic) foi elevada para 26,5% ao ano, o maior nível desde 99. Como a Selic serve de parâmetro para os juros pagos pelos títulos públicos -comprados principalmente pelas instituições financeiras-, a atratividade de aplicar neles cresceu.
"Os juros subiram muito no primeiro semestre. Isso fez as tesourarias bancárias buscarem mais os títulos que pagam juros, deixando a Bolsa em segundo plano", diz Carlos Eduardo Ramos, da ARX Capital Management.
A participação das instituições financeiras na Bolsa não caiu apenas percentualmente. Como o volume negociado neste ano no pregão é maior que o do ano passado, os bancos têm girado na Bolsa alguns bilhões a menos.
Se for considerado o volume negociado na Bolsa em 2002 (R$ 138,9 bilhões), os 32,1% de participação das instituições financeiras equivalem a R$ 44,6 bilhões. Neste ano, tendo em conta os cerca de R$ 181 bilhões movimentados até o fim de novembro, os 18,3% de participação do segmento no volume negociado representariam R$ 33,1 bilhões.
Para Charles Phillipp, diretor da SLW Corretora, a trajetória de queda dos juros deve obrigar os bancos a voltar com mais apetite para o mercado de ações.
"Com os títulos públicos pagando menos, os bancos vão ter de buscar alternativas. Isso deve fazer a participação das instituições financeiras voltar a crescer no segundo trimestre do próximo ano", diz Phillipp. (FV)


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