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VIAGEM AO ORIENTE
Presidente solicita presença em reunião no Brasil em 2004
Lula faz convite a empresários árabes
DO ENVIADO ESPECIAL A DUBAI
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram ontem reunião com os 21
maiores empresários dos Emirados Árabes Unidos.
O objetivo foi explicar o programa PPP (Parceria Público-Privada), cujo alvo é promover associações do governo brasileiro com
empresas privadas em obras de
infra-estrutura.
No meio da reunião, Lula surpreendeu a todos e fez um convite: "Seria bom se os senhores participassem da reunião em 2004
entre árabes e sul-americanos no
Brasil". O presidente se referia à
cúpula que será realizada possivelmente em agosto ou setembro.
Furlan é um dos maiores entusiastas do incremento das relações entre brasileiros e árabes. Ele
acredita que isso poderá manter o
fluxo de exportações em ritmo ascendente.
O ministro já acredita que a alta
das exportações brasileiras seja
consistente. Citou, durante a entrevista do presidente pela manhã, o aumento percentual que
ocorreu em vários países.
Furlan acha que o principal fator de preocupação está em 2005,
no caso da soja. Neste ano e no
próximo, a exportação de soja garantirá um valor grande exportado. Em 2003, cerca de US$ 8 bilhões. Em 2004, serão outros cerca
de US$ 10 bilhões. Mas, em 2005,
com a possível recuperação da
cultura de soja nos EUA, os preços devem cair e prejudicar um
pouco o Brasil.
Dentro do governo, a expectativa é triplicar as exportações brasileiras para o mundo árabe durante o mandato do presidente Lula,
que termina em 2006. De janeiro a
outubro deste ano, o Brasil exportou US$ 2,213 bilhões para os países árabes. Isso representou apenas 3,67% do total vendido ao exterior nesse período.
A viagem de Lula está sendo
considerada uma forma de abrir
as portas nesses países, em geral
todos estatais e nacionalistas. "As
coisas por aqui acontecem quando o governo está dando um aval,
ainda que simbólico, como a viagem do presidente Lula", diz o
embaixador do Brasil nos Emirados, Flávio Sapha.
Muitos negócios estão sendo
anunciados na viagem de Lula,
ainda que não exista garantia de
que serão fechados. Na Síria, empresas brasileiras disseram que
construirão uma usina de refino
de açúcar, ao custo de US$ 150 milhões. Em Dubai, a grande expectativa está por conta da Embraer,
que está para fechar um contrato
de US$ 200 milhões para fornecimento de aviões para rotas regionais no Oriente Médio.
(FR)
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