O estabelecimento de uma meta para a redução das emissões brasileiras de gases-estufa não deve ser um empecilho para o crescimento do país nos próximos anos, avalia a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"Há uma diferença entre o caso das nações desenvolvidas, que têm o compromisso de cortar as emissões em 80% sobre a base de 1990, e o das nações em desenvolvimento, que estariam atenuando a sua curva de crescimento", diz Paulo Skaf, presidente da entidade.
"No que se refere ao Brasil, esse é um objetivo responsável, considerando que três quartos das nossas emissões são provenientes do desmatamento -e estamos todos de acordo com o fato de que isso tem que acabar. A participação da indústria é ínfima. E 40% da energia consumida em território nacional vem de fontes renováveis. Temos que ser tratados como referência", completa Skaf, acrescentando que o país só emite cerca de 1,5% do total mundial.
Injusto será se as nações mais ricas não saldarem sua dívida ambiental, afirma. Por isso, Skaf defende que diplomatas brasileiros sejam firmes nas negociações em Copenhague.
A responsabilidade socioambiental não é apenas um discurso de marketing do empresariado nacional, segundo o presidente da Fiesp.
"Existe a consciência, hoje, de que é preciso respeitar o ambiente e fazer justiça social para crescer sustentavelmente. Antes, a ideia era sujar e depois limpar; agora, sabe-se que é necessário já produzir limpo, gastando menos água e menos energia."

CERVEJA TIPO CHAMPANHE
A marca de cervejas belga Malheur, elaborada pelo processo "champenoise", o mesmo que é utilizado para a produção de champanhe, chega ao Brasil. Uma garrafa de 750 ml da bebida, que pode levar seis meses para ser elaborada, chega a custar R$ 180, de acordo com Gilberto Tarantino, sócio da importadora Tarantino. A empresa vai trazer 14 mil garrafas do produto. O belga Emmanuel de Landtsheer, proprietário da marca, veio a São Paulo para o lançamento. A história da família na produção de cerveja começou em 1839.

CRÉDITO 1
Depois do "Natal do crédito", 2010 será o ano de novos recordes para as instituições que concedem empréstimos e financiamentos. Essa é a previsão da Acrefi, a entidade que reúne as empresas do setor no Brasil.

CRÉDITO 2
Pelas contas da Acrefi, o país deve fechar este ano com uma relação crédito/ PIB de 46,5%. No próximo, pode chegar a 50%, e, em 2012, a até 60%. Assim, o Brasil vai se aproximando da média mundial, que fica perto dos 70%.

ÁGUA 1
A Nalco, multinacional especializada em tratamento de água, ar e processos industriais, inaugurou, na última semana, seu primeiro centro de pesquisas na América Latina para desenvolvimento de novas tecnologias.

ÁGUA 2
O laboratório foi instalado em Campinas para aproveitar a proximidade de acadêmicos e universidades da região. Erik Fyrwald, presidente da Nalco, que veio ao Brasil para a inauguração, diz que o etanol é uma das principais indústrias atendidas.

NO PAPEL
O número de hectares de florestas certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council) no mundo cresceu 20% neste ano, segundo a entidade. Agora são 15 mil empresas e mil florestas com atestado verde. O Brasil é o sexto em área com 300 empresas e 5,4 milhões de hectares de florestas. Para Roberto Waack, presidente do FSC internacional, a COP-15 aquecerá o movimento de certificação de florestas. "O que estimula o aumento é o consumidor, que passa a querer um papel, um móvel, um piso certificados." A entidade atua em quase cem países.

LEITURA
"Sinopse Tributária 2009-2010", coordenado por Pedro Marrey Jr., Roberto Quiroga Mosquera e Glaucia Maria Lauletta Frascino, entre outros, aborda fatos importantes do setor nos últimos 12 meses, inclusive os impactos da crise na arrecadação e seus efeitos em 2010. O livro (277 págs.), da editora Impressão Régia, será lançado hoje, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.