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ANO DO DRAGÃO
Em dezembro, índice havia ficado em 2,61%; reajustes desaceleram tanto no atacado como no varejo
IGP-M perde fôlego e fecha em 1,34% na 1ª prévia do ano
BONANÇA MOUTEIRA
DA SUCURSAL RIO
A primeira prévia do IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado) de janeiro sinalizou a interrupção da escalada da inflação e
um ritmo menor dos reajustes
dos preços no atacado e no varejo.
O índice alcançou 1,34%, abaixo, portanto, dos 2,61% da primeira prévia de dezembro. No
acumulado dos últimos 12 meses,
o IGP-M chegou a 26,52%.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede os preços no
varejo, desceu a 0,99%, contra
2,60% em dezembro. O IPA (Índice de Preços por Atacado) recuou
de 2,70% para 1,52%.
Segundo o economista Salomão
Quadros, coordenador da equipe
da FGV (Fundação Getúlio Vargas), responsável pelo cálculo do
índice, o resultado -o menor
desde outubro de 2002- confirma a desaceleração da inflação,
mas mostra que ainda não há
qualquer evidência de queda nos
preços finais ao consumidor.
O índice divulgado ontem foi
apurado entre os dias 21 e 31 de
dezembro e, portanto, ainda não
reflete o último reajuste dos combustíveis efetuado pelo governo
no início deste mês. Segundo
Quadros, a próxima prévia já deverá refletir esse aumento.
O resultado, porém, já refletiu o
movimento de queda do dólar,
principalmente no atacado.
"A alta inflação foi causada por
aumento de custos gerado pelo
dólar", afirmou o economista.
O grupo dos alimentos foi a
principal exceção no atacado, que
repetiu em janeiro os 3,63% de alta verificados na primeira prévia
de dezembro. Na contramão esteve a soja, que caiu 2,11%.
Em contrapartida, os transportes subiram apenas 0,22%, contra
5,37% do mês anterior.
Quadros informou ainda que a
taxa de câmbio médio ficou em
R$ 3,52 e, como o dólar continua
em trajetória descendente, é provável que neutralize os efeitos do
aumento dos combustíveis no índice cheio de janeiro. Outras fontes de pressão inflacionária esperadas para este mês são os impostos e o material escolar.
Entre as principais altas no atacado, destaque para a alface, que
subiu 35,29%, e a mandioca, com
alta de 18,82%. No varejo, pela
primeira vez apareceu um remédio -vasodilatador para pressão
arterial-, com alta de 2,63%.
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