DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dia considerado tranquilo no cenário interno, o dólar fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 3,325. Essa foi a primeira vez que o dólar subiu no ano. O risco-país subiu 1,7% para 1.267 pontos.
A Bovespa passou o dia praticamente estável e o Ibovespa terminou o dia com desvalorização de 0,76%. O IBX 50 (Índice Brasil, formado por 50 ações), criado no início do ano pela Bovespa para medir a rentabilidade das maiores empresas transacionadas na Bolsa, caiu 0,16%.
A principal justificativa dada para a alta do dólar foi a compra de algumas empresas que têm compromissos para honrar em moeda estrangeira. Com a queda dos últimos dias, o dólar está cotado a um preço considerado atrativo e, por isso, muitas empresas anteciparam suas compras.
Entretanto o clima predominante ainda é de otimismo, principalmente com a notícia da manutenção do acordo entre o PT e o PMDB para as indicações da presidência da Câmara e do Senado.
A confirmação de que o Itaú e o Unibanco devem concluir nos próximos dias novas captações no exterior também ajudou a aumentar as esperanças de que, com a entrada de recursos estrangeiros, o dólar possa cair mais.
Além disso, a divulgação da primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de janeiro em 1,34% agradou aos investidores, que esperavam uma alta maior ante o fechamento de 3,75% em dezembro.
As notícias mais negativas do dia, que influenciaram principalmente a Bovespa, vieram do exterior. A informação de que EUA e Reino Unido atingiram alvos no sul do Iraque foi interpretada como mais um sinal de que a deflagração de uma guerra é iminente.
Os prejuízos anunciados pela Alcoa nos EUA, que ajudaram o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York a cair 1,66%, também contribuíram para arrefecer o ânimo de alguns investidores.

Falha
Problemas no sistema eletrônico da Megabolsa paralisaram o pregão eletrônico e fizeram com que os negócios de hoje terminassem apenas às 19h57 -a Bovespa fecha às 18h. A falha técnica interrompeu os negócios das 15h47 às 18h15 e também afetou a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).
(GEORGIA CARAPETKOV)