A possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos no curto prazo aumentou bastante nos primeiros dias deste ano, de acordo com revisão de cenário promovido pela consultoria econômica LCA.
A probabilidade atribuída para esse cenário, que pressupõe uma crise internacional de crédito de intensidade aguda e de duração prolongada, subiu de 33% para 38%.
De acordo com a LCA, esse quadro resultaria em um aumento adicional de aversão global ao risco e tenderia a reverter, de maneira abrupta, ainda que temporariamente, o fluxo de capitais de curto prazo.
Os modelos da LCA indicam que, nesse cenário, o dólar encerraria este ano cotado próximo a R$ 2, embora possa alcançar patamares mais elevados em períodos de instabilidade.
Nesse contexto, a consultoria diz ainda que o Banco Central seria instigado a adotar uma atitude ainda mais cautelosa na condução da política monetária. A Selic poderia ser engessada em 11,25% ao ano por um período mais prolongado ou até sofrer alguma elevação.
A LCA pondera, no entanto, que há vários fatores que a levam a manter, pelo menos por ora, uma probabilidade preponderante à hipótese de que os Estados Unidos conseguirão driblar a recessão. Entre esses fatores, a solidez dos balanços financeiros corporativos e a relativa preservação do mercado de trabalho americano.
O problema é que esses fatores começaram a se enfraquecer. Ao mesmo tempo, as autoridades americanas passaram a adotar uma posição mais ativa para conter a crise.
O Fed deve promover novos cortes da taxa básica de juros americana, e, além disso, o governo Bush acena para a possível adoção de um pacote mais amplo de estímulo econômico.
Os rumores são que esse pacote poderá trazer medidas semelhantes às de 2001 e de 2003, quando Bush promoveu um significativo corte de impostos para reativar a economia. O processo eleitoral americano também pode contribuir para evitar a recessão.
A LCA diz que o cenário básico aposta em uma aguda desaceleração cíclica dos EUA até o final da década. Os impactos globais de um surto recessivo americano para o período tenderiam a ser mais brandos.

opinião

Para Fecomercio, mudança no crédito é positiva

As mudanças nas operações de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS serão benéficas. Elas tendem a reduzir a inadimplência e ampliar a segurança para os varejistas. A opinião é da Fecomercio SP, que diz que as operadoras de cartões serão responsáveis pelo ônus da dívida.
Para a instituição, com o alongamento do prazo de 36 para 60 meses, a demanda por crédito deve aumentar, o que conseqüentemente deve aquecer as vendas.
Em novembro de 2007 foram liberados no Brasil mais de R$ 239 milhões via crédito, dos quais 26,68% na modalidade consignado, o que corresponde a montante superior a R$ 63 milhões.

SOPA DE LETRAS
O IBL (Instituto Brasil Leitor), que faz a gestão do Museu da Língua Portuguesa e cria projetos de estímulo à leitura e à educação, fechou novas parcerias com empresas e se prepara para abrir unidades em Porto Alegre e em São Paulo, segundo William Nacked, diretor-geral do instituto. O grupo Usiminas, maior parceiro individual da entidade, aplicou R$ 3 milhões em bibliotecas em 2007. No fim do ano, em Cubatão (SP), foram inauguradas sete bibliotecas infantis para cerca de mil crianças. O IBL, que tem hoje 21 bibliotecas, fechou parcerias com Visa, Votorantim e Caterpillar.

FINA ESTAMPA
Neste começo de ano, a malharia Dalutex focou em estamparia digital, com investimento em maquinário, e passou a desenvolver estampas exclusivas para dois estilistas no Fashion Rio: Victor Dzenk, que desfilou ontem, e a grife Cantão, que desfila amanhã.

SERPENTINA
O Praia do Forte EcoResort & Thalasso Spa, localizado na Bahia, investiu R$ 10 milhões, em 2007, em inovações como modernização das áreas sociais, serviços personalizados e na gastronomia. Em 2008, investe mais R$ 5 milhões em instalações e serviços. O resort já tem uma ocupação de 70% para o Carnaval.

BULA
A MatosGrey acaba de conquistar a concorrência do laboratório Boehringer.

PARAÍSO
De um renomado economista, ao comentar as perspectivas pessimistas para a Argentina: "A Argentina é o paraíso dos economistas. É o único lugar em que a gente diz que vai dá errado e dá mesmo".

PORTUÁRIO
O porto de Navegantes, em Santa Catarina, recebeu, nas últimas semanas, guindastes de alta tecnologia para movimentação de cargas. Os investimentos chegam a US$ 30 milhões.