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SOCORRO FEDERAL
Mato Grosso pede pacote anticrise para os Estados
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
CAMPO GRANDE
Se a União pode desembolsar bilhões para ajudar o setor privado a enfrentar a crise internacional, também
deve ajudar Estados e municípios a amenizar os efeitos
da queda na arrecadação que
se avizinha.
O argumento vem sendo
usado pelo governador de
Mato Grosso, Blairo Maggi
(PR), para dar impulso a uma
ampla proposta de renegociação das dívidas com a
União -que inclui o fim da
indexação e uma moratória
de dois anos no pagamento
de juros e encargos.
O secretário estadual Éder
de Moraes (Fazenda) diz que
as mudanças combateriam a
"falta de liquidez estatal" para investimentos durante o
período de "turbulência" e
"desaceleração da atividade
econômica".
"O governo teve boa vontade para gastar R$ 250 bilhões
em ajuda ao setor privado,
então é justo que Estados e
municípios sejam também
amparados neste momento
com a reestruturação das dívidas", avalia Moraes.
O valor total das dívidas,
renegociadas na década passada pelo governo Fernando
Henrique Cardoso, é superior a R$ 330 bilhões.
A principal medida, na opinião do secretário, é a retirada da indexação da dívida pelo IGP-DI (Índice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna). Em 2008, segundo
ele, a combinação de juros
prefixados -de 6,5% ao
ano- mais o indexador representou de 19% a 21% de
correção sobre o valor total.
"É impossível sustentar
essa correção. É uma relação
de agiotagem", compara.
Uma alternativa menos
drástica, também prevista na
proposta, é a substituição do
IGP-DI pelo IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor). "Se
este fosse o indexador, Mato
Grosso teria economizado
cerca de R$ 1 bilhão desde
1998", afirma.
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