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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Críticas a BC são "injustas", afirma diretor do Bradesco
As críticas feitas sobre a atuação do Banco Central são injustas e inoportunas. Em primeiro
lugar porque os juros estão
caindo. Em segundo, porque
não se pode ter preferência a
respeito de taxa de câmbio. A
opinião é de Octavio de Barros,
diretor de pesquisa macroeconômica do Bradesco.
"Muito possivelmente [os juros] continuarão caindo em
uma "cachoeira de sete quedas"
até o final do ano, terminando
em 11,25%", diz Barros, referindo-se às próximas reuniões do
Copom.
Segundo ele, se a trajetória
for interrompida, é porque foi
necessário. "Não dá para questionar que o Banco Central tem
muito mais informações do que
nós, pobres mortais, por mais
competentes que nos julguemos no monitoramento de indicadores de alta freqüência."
Quanto às intervenções no
mercado de câmbio, Barros diz
que elas começaram a menos
de dois anos e que, até agora, o
BC comprou US$ 64,2 bilhões,
enquanto o Tesouro comprou
US$ 29,9 bilhões e a redução da
dívida interna em dólares foi de
US$ 36,2 bilhões.
A intervenção governamental total nos últimos dois anos e
três meses atingiu US$ 130,3
bilhões, o que, segundo ele, "é
para ninguém botar defeito".
De acordo com Barros, o BC
agiu de forma "oportunista",
fortalecendo as resistências do
Brasil a choques externos.
"As pessoas têm que entender que tudo o que é bom aprecia câmbio e o mundo hoje tem
uma leitura generosa a respeito
do Brasil", diz e cita os investimentos diretos, que atingiram
quase US$ 33 bilhões nos últimos 12 meses. Com os números, Barros prevê que a balança
comercial chegue a um saldo
superior a US$ 40 bilhões.
Em termos de taxa de câmbio, ele diz que o BC pode tudo
no curto prazo, muito pouco no
curto-médio prazo e quase nada no médio e longo prazo. "Em
regime de câmbio flutuante,
não nos é dado o direito de ter
preferências a respeito de taxa
de câmbio."
Meirelles grava comercial na China para Nike
O cineasta brasileiro Fernando Meirelles produziu,
na China, um comercial da
Nike, para veiculação exclusiva na Ásia e na Oceania. O
trabalho foi gravado no final
do ano passado.
Mais de dez profissionais
da produtora O2 Filmes estiveram na China para produzir a nova campanha da
marca na região.
O filme teve orçamento de
US$ 2 milhões e criação de
Wieden + Kennedy. A produção foi feita em seis dias,
em mais de 20 locações entre Xangai e Pequim.
O trabalho, com 1.500 extras, teve participação de
mais de 60 atores ao lado do
chinês Liu Xiang, recordista
mundial dos 110 metros. Outros atletas participaram.
análise
Comércio é maior fator de pressão da moeda
A pressão sobre a moeda
brasileira advém principalmente do setor comercial. A
análise é do sócio da Tendências Consultoria Nathan
Blanche, baseado nos dados
de fluxo cambial de janeiro.
Segundo ele, é fato que esse dado deve ter sido afetado
por alguma operação pontual de antecipação de exportação, uma vez que mostrou um saldo comercial de
US$ 10 bilhões, muito acima
da média dos últimos meses.
"O ponto é que, mesmo
que tenha sido uma operação
de antecipação de exportação, isso significa saídas físicas dentro de alguns meses",
diz. Neste sentido, na sua
opinião, não se pode dizer
que esse fluxo não está amparado nos fundamentos
econômicos.
O BC já adquiriu cerca de
25% do estimado de sobra de
dólares para todo o ano. Segundo Blanche, o BC sinaliza
que vai adquirir toda a sobra
de dólares ou até mais. "O
dólar deve voltar a operar ao
redor de R$ 2,13 no curto e
médio prazo."
DIREÇÃO DEFENSIVA
No Baile de Carnaval da Vogue, que acontece hoje à noite, será lançada uma nova parceria do Movimento Piloto
da Vez, da Johnnie Walker, campanha da marca pelo consumo responsável de bebidas alcoólicas. Após a festa, os
convidados poderão ser levados para casa em um táxi estilizado para a campanha. Acompanhando os 1.500 convites, as empresas enviaram um cartão com o telefone da
central radiotáxi Vermelho e Branco. "O objetivo foi sugerir aos convidados que, se forem ingerir alcoólicos, agendem um táxi para a ida e a volta", diz Eduardo Bendzius,
diretor de marketing da Diageo. A marca também fechou
parceria com as cooperativas Radio Taxi Salvador e Coopetaxi, em Salvador e Recife, respectivamente.
ECONOMIA NO BRASIL
A Editora Saraiva acaba de
lançar a terceira edição do livro "Economia Brasileira"
(304 páginas), de Antonio
Corrêa de Lacerda, Idelbrando Bocchi, José Marcio
Rêgo e Rosa Maria Marques.
A nova edição, revista e ampliada, traz informações
desde o período colonial até
uma visão do primeiro mandato do presidente Lula.
DESENVOLVIMENTO
A Comissão Européia vai
doar 7,5 milhões para o
Ministério do Planejamento
tocar um projeto de treinamento de gestores municipais com foco nas regiões
Norte e Nordeste. A ação será implementada pelo BID.
O governo vai arcar com
7,5 milhões como contrapartida. A duração prevista
para a iniciativa é de quatro
anos. Entre 30 e 40 cidades
devem participar diretamente do projeto.
ETANOL
Projeto piloto a ser desenvolvido por Brasil e EUA para a conversão do consumo
de petróleo em etanol terá o
apoio das empresas de Piracicaba. A Apex, que firmou
acordo com a prefeitura,
prevê para dois anos o prazo
para o Brasil se transformar
em provedor de equipamentos e serviços para a produção de energias renováveis.
NA LINHA
A Oi, em parceria com a
Motorola, acaba de lançar
um serviço de convergência
da telefonia fixa e móvel, o
Oi Flex. Ele permite efetuar
e receber ligações, quando
estiver em casa, como se fosse um telefone fixo. O sistema pode ser usado nos planos pré ou pós-pago.
A COMILANÇA
Um restaurante de Bancoc, na Tailândia, cobrará
US$ 29.134 por pessoa por
um jantar no qual serão servidos 11 pratos durante o
próximo final de semana. As
refeições serão preparadas
por seis chefs que têm três
estrelas concedidas pelo
Guia Michelin.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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