São Paulo, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007

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Indústria cresceu em 11 de 14 regiões em 2006, diz IBGE

Pará tem a maior expansão no ano, com 14,2%, graças a bens para exportação

Amazonas, Paraná e Rio Grande do Sul são únicos Estados a ter queda; SP sobe 3,2%, acima da média nacional, que foi de 2,8%


CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A produção industrial brasileira cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas em 2006 em relação ao ano anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A produção industrial do Pará teve a maior expansão, com alta de 14,2% em 2006, acima do índice apurado pela indústria brasileira (2,8%).
Sustentada pelo dinamismo dos produtos tipicamente de exportação, como minério de ferro e alumínio, a indústria paraense deslanchou em relação à alta de 3,8% no ano anterior.
O Ceará e o Espírito Santo vieram logo em seguida, com crescimentos de 8,2% e de 7,6%, respectivamente, também beneficiados pela exportação de commodities.
O Estado de São Paulo, que concentra 40% da produção fabril do país, teve uma produção 3,2% maior em 2006.
Segundo o técnico da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo, a expansão no Estado se concentrou no bom desempenho do segmento de informática e equipamentos elétricos, no setor de máquinas e equipamentos, em automóveis e alimentos.
Pesquisa do IBGE divulgada nesta semana mostrou que, apesar de corresponder a menos de 1% do total da indústria, a área de equipamentos de informática liderou o crescimento do setor brasileiro no último ano, com avanço de 51,6%, auxiliado pelo câmbio e por políticas do governo.
"São Paulo foi uma síntese do indicador do Brasil, que teve destaque no setor de informática, em máquinas e equipamentos e alimentos, como açúcar."
Macedo afirma, porém, que o setor automobilístico, que tem papel importante na composição da indústria paulista, registrou um resultado bastante modesto no ano passado, o que conteve a taxa.
Por outro lado, a indústria do Amazonas amargou o pior desempenho do ano passado, com uma queda de 2,2%, após liderar o crescimento do setor no país em 2005.
O setor de material de comunicação e equipamento eletrônico, que representa 41% da estrutura da indústria amazonense e que cresceu 72% nos últimos três anos, foi afetada pela perda de dinamismo na exportação de celulares.
Além do Amazonas, o Paraná (-1,6%) e o Rio Grande do Sul (-2%) também acumularam perdas em 2006.
A gerente de Análise e Estatísticas Derivadas do instituto, Isabella Nunes, afirma que esses dois Estados apresentaram aceleração no último trimestre do ano, com a recuperação do setor de tratores agrícolas e veículos automotores.
Na comparação entre dezembro e o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial cresceu em apenas sete locais, número inferior ao de novembro, quando a expansão tinha alcançado 13 locais.
De acordo com Macedo, o efeito calendário contribuiu para a redução. Dezembro passado teve dois dias úteis a menos que em 2005.
O melhor desempenho nessa base de comparação ficou com o Espírito Santo, com alta de 10,1%. Por outro lado, a Bahia teve a perda mais significativa, com recuo de 7,6%, em razão de paralisação técnica de empresa do setor de produtos químicos.


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