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Indústria cresceu em 11 de 14 regiões em 2006, diz IBGE
Pará tem a maior expansão no ano, com 14,2%, graças a bens para exportação
Amazonas, Paraná e Rio Grande do Sul são únicos Estados a ter queda; SP
sobe 3,2%, acima da média nacional, que foi de 2,8%
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A produção industrial brasileira cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas em 2006 em
relação ao ano anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
A produção industrial do Pará teve a maior expansão, com
alta de 14,2% em 2006, acima
do índice apurado pela indústria brasileira (2,8%).
Sustentada pelo dinamismo
dos produtos tipicamente de
exportação, como minério de
ferro e alumínio, a indústria paraense deslanchou em relação à
alta de 3,8% no ano anterior.
O Ceará e o Espírito Santo
vieram logo em seguida, com
crescimentos de 8,2% e de
7,6%, respectivamente, também beneficiados pela exportação de commodities.
O Estado de São Paulo, que
concentra 40% da produção fabril do país, teve uma produção
3,2% maior em 2006.
Segundo o técnico da Coordenação da Indústria do IBGE,
André Macedo, a expansão no
Estado se concentrou no bom
desempenho do segmento de
informática e equipamentos
elétricos, no setor de máquinas
e equipamentos, em automóveis e alimentos.
Pesquisa do IBGE divulgada
nesta semana mostrou que,
apesar de corresponder a menos de 1% do total da indústria,
a área de equipamentos de informática liderou o crescimento do setor brasileiro no último
ano, com avanço de 51,6%, auxiliado pelo câmbio e por políticas do governo.
"São Paulo foi uma síntese do
indicador do Brasil, que teve
destaque no setor de informática, em máquinas e equipamentos e alimentos, como açúcar."
Macedo afirma, porém, que o
setor automobilístico, que tem
papel importante na composição da indústria paulista, registrou um resultado bastante
modesto no ano passado, o que
conteve a taxa.
Por outro lado, a indústria do
Amazonas amargou o pior desempenho do ano passado, com
uma queda de 2,2%, após liderar o crescimento do setor no
país em 2005.
O setor de material de comunicação e equipamento eletrônico, que representa 41% da estrutura da indústria amazonense e que cresceu 72% nos
últimos três anos, foi afetada
pela perda de dinamismo na exportação de celulares.
Além do Amazonas, o Paraná
(-1,6%) e o Rio Grande do Sul
(-2%) também acumularam
perdas em 2006.
A gerente de Análise e Estatísticas Derivadas do instituto,
Isabella Nunes, afirma que esses dois Estados apresentaram
aceleração no último trimestre
do ano, com a recuperação do
setor de tratores agrícolas e veículos automotores.
Na comparação entre dezembro e o mesmo mês do ano
anterior, a produção industrial
cresceu em apenas sete locais,
número inferior ao de novembro, quando a expansão tinha
alcançado 13 locais.
De acordo com Macedo, o
efeito calendário contribuiu
para a redução. Dezembro passado teve dois dias úteis a menos que em 2005.
O melhor desempenho nessa
base de comparação ficou com
o Espírito Santo, com alta de
10,1%. Por outro lado, a Bahia
teve a perda mais significativa,
com recuo de 7,6%, em razão de
paralisação técnica de empresa
do setor de produtos químicos.
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