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Agroindústria se recupera e registra expansão de 1,6%
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A agroindústria brasileira se
recuperou em 2006 e apresentou expansão de 1,6%, indica
pesquisa do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada ontem.
Em 2005, afetada pela forte
estiagem no Sul do país, ela havia registrado perda de 1%.
Mesmo assim, a indústria agropecuária apresentou evolução
inferior à da indústria brasileira, que cresceu 2,8%.
A agroindústria corresponde
a cerca de 15% do total da indústria brasileira e tem predominância da agricultura em sua
composição (64,9%). Já a pecuária tem o segundo maior peso no índice: 28,6%. No ano
passado, favorecida pelas condições climáticas, a agricultura
subiu 3,4% em 2006, após recuar 4,0% no ano anterior.
A lavoura canavieira apresentou expansão de 7,9% em
razão da maior demanda por álcool para carros flex fuel (bicombustíveis). O cultivo da cana também foi impulsionado
pela alta das cotações internacionais do açúcar e do álcool.
Outros impactos positivos
vieram da celulose (4,2%), fumo (6,2%) e laranja (1,9%). O
arroz e o trigo se beneficiaram
no mercado doméstico do aumento da massa salarial e do
consumo de alimentos básicos.
A pecuária teve queda de
0,8% em 2006, ante alta de
3,7% em 2005. A gripe aviária e
o embargo às carnes brasileiras
causaram retração na demanda
por frango, bovinos e suínos.
As aves caíram 3,4%, depois
de subir 3,0%. A pecuária de
bovinos e suínos apresentou leve alta de 0,5%, apesar do embargo total ou parcial feito por
vários países após a descoberta,
no fim de 2005, de focos de febre aftosa em rebanhos de Mato Grosso do Sul e que afetaram
também o Paraná.
O câmbio prejudicou a produção de máquinas e equipamentos agrícolas, que recuaram 16,7% no ano passado. Segundo o IBGE, além da apreciação do real, o baixo preço internacional da soja, o aumento do
preço do aço, que encareceu a
produção, e o endividamento
dos agricultores afetaram o setor. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabicantes
de Veículos Automotores), as
exportações brasileiras de máquinas agrícolas tiveram decréscimo de 26,9%, para 22,4
mil unidades.
(CLARICE SPITZ)
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