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ETANOL
Barreira ao Brasil é "aberrante", afirma Amorim
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim,
disse ontem que as barreiras americanas para a importação do etanol brasileiro são "aberrantes".
Para ele, se os EUA não
reduzirem as sobretaxas
que cobram e os gastos
com subsídios para a cultura de milho, base da produção do etanol nos EUA,
vão acabar distorcendo o
mercado mundial que,
com o Brasil, pretendem
fomentar. E podem até desobedecer a normas da
OMC (Organização Mundial do Comércio).
"Não estamos falando
necessariamente de que
tem que haver um grande
acordo [entre Brasil e EUA
sobre etanol]. Pode haver
ações de cooperação, e já
temos empresas brasileiras na Jamaica e El Salvador (onde há investimento
brasileiros e americanos)
e isso é bom. Mas também
é bom que eles possam liberar as importações diretas do Brasil", afirmou.
De terça até hoje, o subsecretário de Estado americano, Nicholas Burns, e o
secretário-adjunto para
América Latina, Thomas
Shannon, estão no Brasil,
onde se encontram com
autoridades brasileiras. A
visita é parte do mecanismo bianual de consultas
entre os dois países, criado
em abril de 2005. Desta
vez, os americanos propuseram ao Brasil parcerias
para abrir mercados para o
etanol em terceiros países.
Os EUA são o principal
mercado para as exportações brasileiras do etanol.
Mas, para entrar lá, o produto paga US$ 0,14 por galão e taxa de 2,5% sobre o
valor da transação. O etanol fabricado no Brasil, a
partir da cana, é mais competitivo que o americano.
(CLÁUDIA DIANNI)
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