São Paulo, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007

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ETANOL

Barreira ao Brasil é "aberrante", afirma Amorim

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que as barreiras americanas para a importação do etanol brasileiro são "aberrantes".
Para ele, se os EUA não reduzirem as sobretaxas que cobram e os gastos com subsídios para a cultura de milho, base da produção do etanol nos EUA, vão acabar distorcendo o mercado mundial que, com o Brasil, pretendem fomentar. E podem até desobedecer a normas da OMC (Organização Mundial do Comércio).
"Não estamos falando necessariamente de que tem que haver um grande acordo [entre Brasil e EUA sobre etanol]. Pode haver ações de cooperação, e já temos empresas brasileiras na Jamaica e El Salvador (onde há investimento brasileiros e americanos) e isso é bom. Mas também é bom que eles possam liberar as importações diretas do Brasil", afirmou.
De terça até hoje, o subsecretário de Estado americano, Nicholas Burns, e o secretário-adjunto para América Latina, Thomas Shannon, estão no Brasil, onde se encontram com autoridades brasileiras. A visita é parte do mecanismo bianual de consultas entre os dois países, criado em abril de 2005. Desta vez, os americanos propuseram ao Brasil parcerias para abrir mercados para o etanol em terceiros países.
Os EUA são o principal mercado para as exportações brasileiras do etanol. Mas, para entrar lá, o produto paga US$ 0,14 por galão e taxa de 2,5% sobre o valor da transação. O etanol fabricado no Brasil, a partir da cana, é mais competitivo que o americano. (CLÁUDIA DIANNI)


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