São Paulo, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

ALIADOS DO ÁLCOOL
Os produtores brasileiros de álcool estão ganhando aliados nos Estados Unidos. Associações de produtores de gado estão insatisfeitas com os subsídios e com o protecionismo dado ao etanol naquele país.

REDUÇÃO DE APOIO
Os incentivos à produção e as barreiras às importações de etanol impostas pelos EUA encarecem o milho, tornando difícil a vida dos pecuaristas, que querem um cronograma curto de incentivos ao combustível.

PREÇOS MENORES
O aumento dos custos da alimentação fez os preços recuarem na pecuária devido à maior venda de animais. Enquanto o milho chegou a subir 160% em Illinois nos últimos 12 meses, o gado recuou 10% no Texas.

CENÁRIO BOM
A exemplo do IBGE, os dados da Conab divulgados ontem indicam safra recorde de grãos. Serão 126,5 milhões de toneladas. Os destaques ficam para soja (56,3 milhões de toneladas) e milho (47,9 milhões).

EFEITO ENERGIA
Os produtos ligados à produção de energia renovável estão entre os que mais vão crescer nesta safra em relação à anterior: mamona (47%), girassol (28%), milho (13%) e soja (5%).

LIDERANÇA MANTIDA
Os dados da Conab mostram que o Paraná, com possibilidade de produzir 26,8 milhões de toneladas de grãos, manterá a liderança. Mato Grosso (22,5 milhões) e Rio Grande do Sul (20,5 milhões) vêm a seguir.

FEBRE AFTOSA
Estudo desenvolvido de outubro a janeiro últimos indicou a persistência de circulação viral em Eldorado, Mundo Novo e Japorã, cidades de Mato Grosso do Sul que registraram casos de febre aftosa em outubro de 2005.

INTERDITADOS
Diante dessa permanência viral, o Departamento de Saúde Animal mantém a interdição a esses três municípios, iniciada em outubro de 2005.

CUSTOS MAIORES
A alta do milho já começa a influenciar os custos da produção de frangos. No mês passado, os custos médios de produção subiram para R$ 1,38 por quilo (ave viva), acima do R$ 1,34 recebido nas vendas, segundo o analista José Carlos Teixeira.

APESAR DO BRASIL...
A Syngenta teve lucro líquido de US$ 872 milhões no ano passado, valor 12% acima do de 2005. As vendas da empresa atingiram US$ 8 bilhões, com recuo de 1%. A empresa teve bom desempenho também na América Latina, apesar das difíceis condições enfrentadas pelos agricultores brasileiros no ano passado.


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