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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Emprego na construção bate recorde em 2007
O emprego na construção civil fechou o ano passado com
um total de 1,76 milhão de empregados, o que significa um
aumento recorde de 13,31% em
relação a 2006. Já em dezembro, o emprego registrou uma
queda de 1,57% em comparação
a novembro, um movimento
considerado normal no setor
nessa época do ano.
No Estado de São Paulo, a
construção civil fechou 2007
com 507 mil empregados, um
crescimento de 18,28% em relação a 2006. Em dezembro, o
emprego observou uma queda
de 0,51% frente novembro.
Na capital paulista, o aumento do emprego na construção
civil foi de 23,05% no ano passado em relação a 2006. Em dezembro, o emprego na capital
registrou uma queda de 0,69%
em comparação a novembro.
Todos esses dados são da pesquisa mensal feita pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria
da Construção Civil do Estado
de São Paulo) em conjunto com
a FGV Projetos.
Segundo João Cláudio Robusti, presidente do SindusCon-SP, esses dados mostram
que a recuperação da construção civil neste ano começou na
cidade de São Paulo, depois se
expandiu para o Estado e, por
fim, atingiu todo o Brasil.
Robusti afirma que esse movimento de recuperação do emprego ainda continuará forte
neste ano. A previsão do Sinduscon-SP é que sejam criados
de 270 mil a 300 mil empregos
formais neste ano, o que significa um aumento superior a 15%
em relação a 2007. O setor chegaria a mais de 2 milhões de
empregados.
De acordo com Robusti, a crise internacional não deve afetar a construção civil neste ano.
O crédito imobiliário cresceu
7,9% em 2007, segundo projeção do Sinduscon-SP. Para
2008, a projeção é de uma alta
de 10,2%.
O otimismo se deve ao fato de
que a fatia correspondente ao
crédito imobiliário em relação
ao PIB ainda é muito pequena
em relação aos outros países, o
que abre muito espaço para o
crescimento do setor.
O crédito imobiliário no Brasil representa apenas 4% do
PIB, enquanto nos EUA chega a
67% do PIB, na Espanha, a 44%
do PIB, no México, a 12% do
PIB, no Chile, a 17% do PIB, e
na Austrália, a 108% do PIB.
Diante dessa distância do
Brasil em relação aos outros
países e pelo fato de os investimentos em construção civil serem de longo prazo, Robusti
acha que a crise internacional
tem poucas chances de afetar o
Brasil pelo menos neste ano, a
não ser, é claro, se a recessão
nos Estados Unidos atingir
proporções maiores do que se
imagina.
SUSHIMAN
Os empresários Marcus Buaiz e Felipe Faria se uniram em
sociedade, pela primeira vez, para abrir um negócio na gastronomia japonesa de São Paulo. A dupla acaba de inaugurar
o restaurante Shaya, cujo investimento, segundo Buaiz, supera R$ 1 milhão. À frente da casa está o sushiman Billy Tatsushi. Para 2008, o empresário afirma que ainda tem outro
projeto em negociação na cidade, cujos detalhes ele ainda
não descreve. Mas "nunca competindo com os meus próprios negócios", diz. Em São Paulo, Buaiz tem sociedade em
uma casa noturna e, agora, no restaurante. "Eu acho que
uma pessoa pode tranqüilamente comer comida japonesa e
sair para a noite. Não concorre."
EMBREAGEM
O crescimento do mercado automotivo fará a Remy Automotive ampliar sua produção em Brusque (SC) dos 850
mil motores de partida por ano para até 1 milhão de unidades, segundo Mario Morelli, diretor da Remy para a
América Latina. Entre 2006 e 2007, a empresa, que detém 30% do mercado de motores de partida do Brasil e da
Argentina, investiu US$ 3 milhões. Para 2008, a meta é
expandir as vendas às montadoras em até 15%.
FIBRA ÓTICA
O bairro dos Jardins, em
São Paulo, será um dos primeiros da América Latina
onde os moradores poderão
comprar serviços fornecidos
por rede de fibra ótica. Os
pacotes, disponíveis desde o
início da semana, incluem
TV digital via satélite ou cabo e ligações locais e intra-estaduais por tempo ilimitado. A Telefônica investiu R$
10 milhões na rede e vai aplicar R$ 123 milhões em 2008
para levá-la a outros locais.
SAQUE
O Brasil Open de Tênis de
2008 será o primeiro torneio sustentável do mundo.
O Instituto Totum vai calcular as emissões de gases durante o evento.
VILÃO
O cartão de crédito continua sendo o maior vilão das
dívidas, segundo 47% dos
consumidores, seguido pelos carnês, para 20%. Quando indagados sobre qual tipo
de despesa mais afetou suas
dívidas atuais, 16% apontam
os gastos com vestuários, seguidos por alimentação, por
13%, e eletrodomésticos,
12%. Os dados são da Peic
(Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), que a Fecomercio
SP divulga na segunda.
OBRAS
A RMA foi contratada pela
TAG para um empreendimento imobiliário em São
Paulo que deve movimentar
cerca de R$ 800 milhões.
TURBINADO
A Nissan traz ao Brasil nesta semana o modelo 2008 do Nissan 350Z, cujo motor passa de 280 para 312cv; a montadora, que dobrou o volume de vendas em 2007, deve atingir 17 mil unidades vendidas até o fim de 2008
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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