São Paulo, sábado, 09 de março de 2002

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VACA DOENTE

Governo gaúcho já revacinou 4.000 animais

Suspeita de aftosa na Argentina põe RS em estado de emergência

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Fortes suspeitas de que a Argentina esteja passando por nova contaminação de aftosa colocaram em emergência a fiscalização sanitária do Rio Grande do Sul e o Ministério da Agricultura.
O governo argentino nega as informações, mas técnicos da região as confirmam. Em outras ocasiões, os argentinos negaram a existência de focos que foram confirmados posteriormente.
O governo gaúcho já ofereceu técnicos para auxiliar os argentinos a combater a aftosa, partindo do pressuposto de que a crise socioeconômica do país o impede de fazer o controle.
Na Província de Misiones, por exemplo, fiscais têm retardado os trabalhos. O contrabando teria aumentado, em razão do maior poder de compra dos brasileiros em relação aos argentinos.
O Ministério da Agricultura estuda solicitar apoio do Exército em zonas de risco, disse ontem o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, Antônio Ângelo do Amaral.
Na semana que vem, técnicos do ministério começam a investigar a região de Tiradentes do Sul -fronteira com a Argentina. Nesta segunda, o chefe do Serviço de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Hélio Pinto, estará na região.
A Secretaria da Agricultura gaúcha, que solicitou ao Ministério da Justiça a presença do Exército no local, revacinou (doses de reforço) 4.000 animais da região.
Já se trabalha com a hipótese de haver o vírus na Argentina. A informação mais recente de foco na Argentina, segundo o secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, surge de uma propriedade no município argentino de Santo Tomé, perto de São Borja.
Na última terça, já haviam surgido informações sobre animais contaminados em Monte Agudo (Misiones), a 8 km de Tiradentes do Sul. No mesmo dia, houve uma reunião emergencial de técnicos e prefeitos dos municípios da região, para a definição de estratégias coletivas. A fiscalização na região foi redobrada. Duas equipes da secretaria estão monitorando as áreas de risco.
Cinco veterinários, 40 auxiliares e 40 policiais militares foram deslocados para a região, que tem cerca de 15 mil cabeças de bovinos, ovinos e suínos.



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