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MERCADO FINANCEIRO
Após certo nervosismo dos últimos dias, mercado esquece crise política e encerra dia com valorização
Dólar tem baixa de 1%; Bovespa sobe 1,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a tensão inicial, a semana
terminou com tranquilidade no
mercado financeiro.
Se os operadores usaram boatos
para justificar a depreciação dos
indicadores nos últimos dias, ontem usaram os boatos para respaldar a valorização.
O dólar fechou com baixa de
1,09%, cotado a R$ 2,349. A moeda praticamente se recuperou das
altas dos últimos dias -até a
quinta-feira, acumulava valorização de 1,32%. Após o resultado de
ontem, encerrou a semana com
alta de 0,21%.
Influenciaram a desvalorização
boatos, não confirmados, de que
teria havido novas captações por
parte de empresas ontem. Voltou
a se falar também no ingresso de
dinheiro vindo da compra da Garoto pela Nestlé.
A avaliação foi que a moeda teve
uma puxada de alta em especial
porque a instabilidade política
atingiu um mercado que vinha de
otimismo e sucessivas altas. Havia
espaço para que os indicadores tivessem uma correção.
"Não houve uma crise, verdadeiramente", afirma Marcelo
Schmitt, do banco Lloyds TSB.
A Bovespa fechou com alta de
1,71%, para 13.961 pontos. O volume negociado ficou em R$
512,233 milhões. Na semana, acumulou queda de 3,14%.
O destaque de alta foram as
ações ordinárias (com direito a
voto) da Embratel. Encerraram o
dia valorizadas em 9,5%. Voltou o
rumor de que, devido aos problemas enfrentados pela sua controladora, a Worldcom, a empresa
seria vendida para a AT&T.
A maior queda do dia foi a dos
papéis preferenciais da Telesp Celular (-4%). Na semana, o papel
teve a maior queda do Ibovespa
(-13,91%). Na segunda-feira, a
empresa fará a divulgação de seus
resultados.
Os papéis da Telemar se recuperaram um pouco ontem, após o
forte desgaste dos últimos dias.
Os ordinários subiram 2,81% e os
preferenciais, 3,18%. Na semana,
as ações ON caíram 11,62% e as
PN, 11,12%.
A melhora do humor se deveu à
informação de que a Telemar estaria retomando os pagamentos a
seus fornecedores. Eles foram
suspensos por dois meses, segundo a empresa, para que fosse feita
uma checagem de rotina.
As altas das Bolsas dos EUA ontem, repercutindo a queda do desemprego no país, também impulsionaram as negociações por
aqui.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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