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NOVO FÔLEGO
Serasa atribui redução à maior liquidez da economia, beneficiada pelas exportações e alta do consumo das famílias
Falências recuam 43,5% em fevereiro
DA FOLHA ONLINE
Levantamento realizado pela
Serasa aponta uma queda acentuada nas falências decretadas e
requeridas em fevereiro em todo
o país.
Segundo o estudo da instituição, após um recuo quase imperceptível no primeiro mês do ano,
o volume de falências decretadas
caiu 43,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do
ano passado.
Nos dois primeiros meses do
ano, esse volume diminuiu 26,8%
na comparação de 12 meses. Já os
pedidos de falências registraram
uma queda de 62,6% ante fevereiro do ano passado. No primeiro
bimestre, o decréscimo havia sido
de 66,7%.
O movimento de fortes quedas
tem sido verificado para as duas
modalidades de falência desde
outubro passado.
De acordo com Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa, a mudança da legislação teve um efeito psicológico eficaz para explicar as quedas
vigorosas que vem ocorrendo.
"Ficou claro que a falência é um
instrumento extremo que vinha
tendo um uso desvirtuado como
meio de cobrança."
A nova Lei de Falências -em
vigência desde junho de 2005-
estabelece três mecanismos ao devedor em situação de crise econômico-financeira: a recuperação
judicial, a recuperação extrajudicial e a falência.
Mais liquidez
Além disso, Almeida atribui o
recuo à maior liquidez da economia, beneficiada tanto pelo desempenho das exportações de
bens e serviços quanto pela alta
do consumo das famílias, decorrente da expansão do crédito.
"A expansão de crédito deu fôlego, sobretudo, para pequenas e
médias empresas num ambiente
de juros altos e lenta recuperação
da renda e do emprego", afirma
Almeida.
Segundo o estudo, em fevereiro
foi registrada apenas uma concordata deferida. Os requerimentos
de recuperação judicial, no segundo mês de 2006, totalizaram
20 registros e não houve pedido
de recuperação extrajudicial em
fevereiro deste ano.
Projeto de lei
A recuperação judicial e a recuperação extrajudicial, reservadas
aos devedores que apresentem
condições de superar determinada situação de crise econômico-financeira, surgiram em substituição à antiga concordata.
A entidade avalia que os indicadores de falência e concordata
também devem ser influenciados
favoravelmente com a aprovação
do projeto de lei que trata do cadastro positivo sobre o crédito.
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