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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br
Brasil teria déficit sem commodity, diz banco
O Brasil sempre foi um grande exportador de commodities.
Nos últimos anos, essa atividade aumentou significativamente. O saldo de commodities
sempre foi superavitário, enquanto o de não-commodities,
deficitário ou nulo.
A elevação do saldo de commodities contribuiu com 80%
do crescimento do saldo total,
que cresceu de R$ 2,6 bilhões
em 2001 para US$ 46,1 bilhões
em 2006. A redução do déficit
de não-commodities explicou
os 20% restantes.
Segundo relatório do Credit
Suisse do Brasil, sem commodities, o país teria déficit comercial. A tendência é o saldo
comercial ser cada vez mais dependente das commodities. A
balança desses produtos tem
sido menos sensível à apreciação cambial, tanto por conta do
aumento de preços como pela
maior demanda externa.
A participação das commodities nas exportações se elevou
de 47%, em 2000, para 55%, em
2006. Já nas importações, o aumento foi de 22% para 26% no
mesmo período.
A expectativa do CS é que o
saldo comercial de commodities se mantenha elevado em
2007 e 2008, seja por fatores
domésticos ou externos. O elevado crescimento global deverá
contribuir para manter forte a
demanda por matérias-primas.
De acordo com cálculos do
CS, o índice de preços futuros
de commodities acumulado no
ano até o dia 28 de fevereiro registrava um aumento de 10%
em relação à média de 2006, o
que sugere que os movimentos
de preços continuarão em alta.
O estudo mostra que a balança de commodities ainda é bastante concentrada em quatro
produtos (soja, minério de ferro, açúcar e ferro/aço), que responderam por 57% do saldo comercial de commodities no ano
passado. Há seis anos, era pior.
Em 2000, esses mesmos quatro
itens eram responsáveis por
77% do saldo das commodities.
Segundo o relatório do CS, o
aumento da contribuição das
commodities para o saldo comercial em 2007 se dará principalmente pelo crescimento
projetado da exportação de
commodities e da importação
de não-commodities.
De acordo com o CS, os não-commodities serão responsáveis pela contração do saldo em
2007 e 2008.
Setor de leasing abre 2007 com crescimento
O setor de leasing, que em
2006 teve expansão de
54,7%, abriu 2007 mantendo o crescimento. Em janeiro, o arrendamento mercantil cresceu 55,45% ante o
mesmo mês de 2006.
O valor presente da carteira teve saldo de R$ 35,03 bilhões. Segundo estatísticas
da Abel (associação de empresas de leasing), em janeiro foram fechados 84,5 mil
novos contratos, um aumento de 97% em relação ao
janeiro anterior.
Totalizaram R$ 2,85 bilhões os novos negócios firmados no mês. Desse montante, 65,45% foram fechados com pessoas físicas, e
34,55%, com pessoas jurídicas. Em relação ao imobilizado por tipo de bens, o setor de veículos e afins se
manteve na frente, correspondendo a 78,54%.
No setor de atividades, o
de pessoas físicas liderou o
ranking, com 50,10% do volume total a receber, seguido
por serviços, com 24,57%.
VERMELHOS
A Martini acaba de fechar parceria com a escuderia italiana Ferrari para patrocínio até o fim de 2008. A idéia é trazer
de volta o glamour que envolvia a marca de bebidas nas décadas de 70 e 80, segundo Carlos Correia, diretor de marketing da empresa no Brasil. "A ligação entre a Martini e a
Ferrari tem tudo a ver, são duas marcas italianas, vermelhas, e muito glamourosas. Aqui, isso ficou para trás, então,
a idéia é recuperar", diz. No país, a marca de bebidas deve
promover também uma série de eventos em bares abertos,
durante a happy hour. "Queremos mostrar que a bebida tem
muito potencial para ser o aperitivo dos momentos de relaxamento", afirma.
DE PÉ TROCADO
Quase na mesma hora em
que o presidente George W.
Bush desembarcava no Brasil, Guido Mantega (Fazenda) pousava em Buenos Aires. Bush não irá visitar a Argentina em sua viagem à
América do Sul. Mantega se
encontrou ontem com o presidente do BC argentino,
Martín Redrado, e hoje se
reunirá com a ministra da
Economia, Felicia Miceli.
Na pauta, o Banco do Sul e a
integração econômica do
Mercosul. Mantega dará entrevista hoje reafirmando o
apoio à integração da América Latina. Em abril, ele viaja
para os Estados Unidos.
QUASE CERTO
Circulava ontem no Palácio do Planalto a informação
de que Maurício Botelho teria aceito o convite de Lula
para assumir o Desenvolvimento no lugar de Luiz Fernando Furlan.
NOVA ESCOLA
A Universidade Anhembi
Morumbi lança sua nova escola de medicina e convida
Sérgio Timerman, doutor
pela USP, para assumir a direção. Timerman é especialista em clínica médica, cardiologia, terapia intensiva e
emergência e o único membro brasileiro da American
Heart Association. Os investimentos iniciais na escola
chegam a R$ 10 milhões.
SALTO ALTO
Um dos setores que mais
oferecem empregos no país
-quase 1 milhão de vagas diretas e indiretas- é o de relacionamento com o cliente.
O mercado é dominado pelas mulheres, que assumem
mais de 60% das vagas, segundo a Abrarec (associação
do setor) e E-consulting. Sobre a escolaridade, 84% têm
segundo grau completo e
16%, superior completo ou
incompleto. A idade varia de
18 a 29 anos. A predominância da mulher se explica pela
flexibilidade de horário e paciência.
VISITA
O presidente da Alemanha, Horst Köhler, visita hoje a unidade da Prensas
Schuler, em Diadema, SP,
para conhecer ações sociais
de empresas alemãs no país.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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