São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Empresas americanas crescem mais que a média brasileira

Alan Marques - 28.mai.03/Folha Imagem
Mark Smith (Câmara de Comércio dos EUA)


DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor da Câmara de Comércio dos EUA, Mark Smith, afirma que, apesar do otimismo entre as americanas, "não causa surpresa" que a carga tributária no Brasil esteja no topo das críticas dos empresários de seu país: 67% acham que a prioridade do governo Lula deveria ser a reforma tributária. Leia entrevista à Folha:

 

FOLHA - Como o sr. avalia o otimismo revelado na pesquisa?
MARK SMITH -
As empresas têm uma expectativa muito parecida com a do mercado como um todo. O que há de mais significado é o fato de os resultados dessas empresas estarem crescendo acima da média da própria economia brasileira. Isso mostra que os investimentos devem estar mais concentrados em áreas de negócio e em produtos onde o crescimento do consumo e da renda têm sido maior. O que vemos é que a classe média perdeu algum terreno. Mas os trabalhadores com salários e rendimentos mais baixos tiveram o poder de compra substancialmente aumentado.

FOLHA - As restrições apontadas, como a carga tributária, impedem mais investimentos?
SMITH -
Nenhuma surpresa com o fato de a carga tributária ainda ser, disparado, o principal impedimento, à frente de qualquer outro no Brasil.
Como o atual otimismo se traduz em investimento? Isso não é uma coisa dada. Depende de cada setor. Cerca de 15% das empresas pretendem aumentar de modo significativo seus investimentos, e outros 35%, apenas de maneira moderada.
Não esperaria um tsunami nessa área. O principal desafio do Brasil é como elevar esse nível, e isso passa por mudanças na área tributária, regulatória, de modernização do sistema alfandegário e redução da burocracia de uma maneira geral.
O fato é que EUA e Brasil, mesmo sem um acordo comercial formal, poderiam fazer muita coisa para reduzir os atuais entraves aos negócios.


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