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Governo deu aval para Telefônica, diz Costa
PATRÍCIA ZIMMERMANN
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A autorização da Anatel para
que a Telefônica opere o serviço de TV por assinatura via satélite passou pelo governo, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele resistiu inicialmente à liberação para que a operadora entrasse no
mercado de TV paga.
"Foi uma decisão de governo,
sem dúvida. Nós fizemos várias
reuniões em todos os níveis, da
Casa Civil, do Ministério das
Comunicações e da Anatel. Todos nós participamos tentando
encontrar uma solução. Uma
solução temporária, até que a
gente tenha uma solução definitiva, como a Lei Geral [de comunicação eletrônica de massa] que vamos fazer", disse.
O ministério preparava uma
portaria para tratar da concessão do serviço, com a instituição de compensações. Ontem,
porém, Costa reconheceu que,
diante da solução para o caso da
Telefônica, a portaria não será
mais necessária.
Portabilidade
Entidades de defesa do consumidor criticaram o prazo de
dois anos determinado pela
Anatel para que a portabilidade
entre em vigor. Com a medida,
o usuário de telefonia fixa ou
celular poderá mudar de operadora e preservar o número.
Para as entidades, a portabilidade já deveria estar em funcionamento. Elas também alertam para que a Anatel não permita adiamentos, como ocorreu com a conversão da cobrança das ligações locais de pulso
para minuto.
A coordenadora da entidade
de defesa do consumidor Pro
Teste, Maria Inês Dolci, disse
que dois anos é um tempo muito longo. "A portabilidade é discutida há muito tempo, a consulta sobre o assunto aconteceu no ano passado, e já deveria
ter sido implementada."
A advogada do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor)
Maria Elisa Novais concorda
que a portabilidade numérica
já deveria ser uma realidade. "A
portabilidade já faz parte de regulamentos anteriores. É uma
dívida que Anatel tem com os
consumidores porque é um direito do usuário de telefonia."
Maria Elisa também criticou
a previsão de cobrança de US$
10 pela migração de uma operadora para outra. "Como é um
direito do consumidor, não deveria ser cobrado", afirmou.
Colaborou KAREN CAMACHO, da Folha Online
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