São Paulo, segunda-feira, 09 de março de 2009

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Reunião do Copom, PIB e inflação são destaques

Vendas do varejo nos EUA é o dado mais aguardado lá fora

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro estará focado nos próximos dias na pesada agenda econômica interna. O resultado do PIB no quarto trimestre, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e a inflação medida pelo IPCA são alguns dos eventos que são aguardados com ansiedade pelos investidores.
A semana começa com a divulgação de importantes dados da atividade econômica no país, como os do setor automobilístico, apresentados pela Anfavea, e os indicadores industriais, medidos pela CNI.
Amanhã é a vez de o IBGE apresentar os dados do PIB (Produto Interno Bruto) referentes ao último trimestre de 2008. A expectativa do mercado é a de que a economia brasileira tenha se retraído em 2,3% no último trimestre em relação aos três meses anteriores.
Na quarta-feira, os investidores se deparam com o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês passado, para o qual se espera que tenha havido uma elevação de em torno de 0,50%.
O dia também será marcado pelo anúncio da decisão do Copom sobre a taxa básica de juros da economia. A expectativa predominante é a de que a taxa Selic seja reduzida de 12,75% para 11,75% anuais.
A desaceleração da indústria em janeiro fortaleceu a expectativa de queda de um ponto percentual na Selic. Há até quem fale em corte de 1,5 ponto percentual. Segundo o IBGE, a produção da indústria brasileira caiu 17% em janeiro, o pior resultado em 19 anos.
Para Walter Machado de Barros, presidente do conselho de administração do IBEF-SP, "a inflação sob controle, a demanda reprimida e o índice de desemprego em ascensão reforçam o cenário para que o BC decida pela redução da taxa Selic em um ponto". O executivo projeta que a Selic esteja em 10,25% no fim do ano.
Na quinta-feira, vai ser apresentado pelo IBGE o resultado da pesquisa industrial de emprego e salário de janeiro. E, no dia seguinte, vão ser conhecidos os números das vendas do comércio varejista.
"Para a semana, a agenda externa se mostra fraca, com os indicadores de vendas do varejo [nos EUA] em fevereiro a serem divulgados na quinta como destaque. Internamente temos a reunião do Copom como destaque, além dos dados de inflação. De qualquer forma, apesar da agenda mais fraca, a semana deve ser volátil novamente por conta de todo esse cenário negativo. Por isso, nos mantemos cautelosos", afirma a área de análise da XP Investimentos.

No exterior
Nos EUA e na Europa, a agenda será menos intensa do que a da semana passada -quando houve reuniões dos bancos centrais da zona do euro e do Reino Unido e a divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano.
A quarta-feira trará diferentes dados nos Estados Unidos, como as solicitações de empréstimos hipotecários, os estoques de petróleo e derivados e o resultado do Orçamento do Tesouro norte-americano.
Mas é na quinta-feira que os números a serem apresentados na maior economia do mundo têm mais chance de mexer com o mercado financeiro. Nesse dia, vão ser divulgadas as vendas no varejo dos EUA e os estoques das empresas americanas. Ambos os dados são importantes sinalizadores do ritmo em que anda a debilitada economia norte-americana.
A semana se encerra com a apresentação do índice de confiança do consumidor de Michigan na sexta. O mercado espera que o índice demonstre deterioração nessa primeira medida referente a março.


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