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Inflação de 16,8% tem base no IGP
da Sucursal de Brasília
O novo acordo entre o governo
brasileiro e o FMI prevê uma inflação de 16,8% neste ano. O índice
utilizado para a projeção é o IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas.
Os números divulgados ontem
apontam uma taxa de juros acumulada no ano de 28,8% e uma
queda do PIB entre 3,5% e 4%.
O memorando anunciado ontem
prevê que, no ano 2000, a inflação
deve ficar em 6,5%. Em 2001, a previsão é que ela fique em 5,2%.
A nova previsão de inflação para
1999 é bem maior que a anterior,
de 2%, feita no primeiro acordo
com o FMI, fechado em novembro
do ano passado, antes da desvalorização do real.
A queda do PIB (conjunto das riquezas produzidas pelo país) para
99, entre 3,5% e 4%, também é bem
maior que a previsão inicial de 1%.
Esses indicadores demonstram
que o Brasil enfrentará um ano de
recessão com inflação alta. No
mercado, alguns analistas têm previsões ainda piores, como queda
de até 5% do PIB em 99.
A previsão dos juros -levando
em conta a Selic (usada nas operações diárias do Banco Central)-
para os 2000 e 2001 é de 16,6% e
13,7%, respectivamente.
Hoje a Selic está em 45% ao ano,
projetando para esse período a taxa que o BC pratica no dia-a-dia.
"É razoável supor que há espaço
para a queda da taxa de juros", disse o novo presidente do Banco
Central, Armínio Fraga.
Com a Selic e a inflação, é possível calcular a taxa de juros reais
(acima da inflação) que deverá
ocorrer no Brasil, sempre de acordo com as previsões do governo e
do FMI: 10,27% neste ano, 9,48%
no ano que vem e 8,07% em 2001.
O acordo anunciado ontem também prevê as cotações do dólar em
dezembro de 1999, de 2000 e de
2001: R$ 1,70, R$ 1,77 e R$ 1,84.
A queda no PIB prevista para este
ano é revertida, segundo o acordo,
a partir do ano 2000: crescimento
entre 3,5% e 4% no ano que vem e
novo crescimento entre 4,5% e 5%
em 2001.
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