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MERCADO FINANCEIRO
Dólar bate em R$ 1,95, uma queda de 1,76%
da Reportagem Local
Quando as metas do acordo com
o Fundo Monetário Internacional
foram divulgadas, ontem, o mercado de câmbio já estava fechado.
Mas, meia hora após o fechamento, às 17h30, chegaram a ser realizados negócios de pequenos volumes, cerca de US$ 1 milhão, com o
dólar comercial a R$ 1,95. Isso significa uma desvalorização do dólar de 1,76% contra o último negócio de sexta-feira.
No fechamento oficial do mercado, às 17h, a cotação do dólar foi
de R$ 1,98, uma desvalorização de
0,25% contra sexta-feira. Segundo
a média ponderada de todos os
negócios do mercado divulgada
pelo Banco Central, a desvalorização do dólar foi de 1,13%.
Durante todo o dia de ontem, o
mercado de câmbio foi tranquilo,
na expectativa do anúncio das metas do acordo. Os investidores já
sabiam que o Banco Central poderia usar os recursos da ajuda do
Fundo para defender o real no
mercado de câmbio.
Pela manhã, o Banco Central
chegou a atuar de forma seletiva,
vendendo dólar a R$ 1,97 para
quem precisava de grandes lotes.
O Banco do Brasil também foi visto vendendo dólares a pedido de
exportadores.
Os mercados futuros, que também fecharam antes de terem sido
divulgadas as metas com o FMI,
continuaram a apostar na valorização do real. Os contratos para
vencimento em abril, que projetam o dólar do último dia útil de
março, indicavam desvalorização
de 1,03% contra sexta-feira.
Com o real mais forte, a necessidade de manter os juros altos para
conter as pressões inflacionárias é
menor, segundo dizem os analistas de mercado.
Os contratos da Bolsa de Mercadorias & Futuros passaram a projetar juros de 43,09% ao ano em
março (contratos com vencimento em abril), contra 43,71% ao ano
projetados na sexta-feira.
As perspectivas para o dólar nesta semana são de desvalorização,
acreditam especialistas, que consideraram positivo o fato de o governo ter divulgado os limites de
gastos por mês no mercado de
câmbio acertados com o FMI.
"Se o governo conseguir manter
o dólar abaixo dos R$ 2 neste mês,
teremos razão para comemorar. O
dólar alto é o principal propulsor
da indexação", disse Carlos
Eduardo Uchôa, da Liberal Asset
Management.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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