São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PODE SER BOA
A produção de feijão, um dos itens de maior alta para o consumidor nos últimos meses, deve subir 40% nesta segunda safra, chegando a 1,4 milhão de toneladas, conforme dados divulgados ontem pela Conab.

DEPENDE DO CLIMA
A Conab pode estar certa, mas ainda é cedo para uma avaliação da segunda safra, segundo Vlamir Brandalizze, especialista em feijão. Para ele, se tudo der certo, a safra fica entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de toneladas, mas dependerá do clima das próximas sete semanas.

ALTO RISCO
A segunda safra de feijão foi semeada com atraso, devido às colheitas tardias de soja e de milho. Mesmo com atraso, os produtores arriscaram e plantaram porque os preços compensam. Se gear, cai a produtividade de SP, PR e SC, diz Brandalizze.

COGUMELO COM TRIGO
A palha de trigo pode ser mais uma fonte de renda para os triticultores de Minas Gerais. Ela seria utilizada pelos produtores de cogumelo para compostagem, uma fase de fundamental importância para garantir a qualidade do produto. Para isso, os produtores de trigo têm de se organizar no fornecimento da palha.

RECORDE NO BOI
A baixa oferta de bois prontos para abate elevou, nesta semana, os preços da arroba para o maior patamar real desde dezembro de 2003, mostra o Cepea. Os valores foram deflacionados pelo IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas.

CARNE TAMBÉM
Boi caro, carne cara. O Cepea também indicou que a carne com osso registra recorde no atacado na Grande São Paulo. A carcaça casada do boi subiu para R$ 4,70 por quilo, em média, o maior valor deflacionado desde janeiro de 2002.

BOM MOMENTO
Durante a colheita de arroz, em 2007, o governo fez várias intervenções para garantir preços de comercialização para os produtores. Neste ano, o mercado externo está fazendo esse papel. Ontem, a saca de arroz em casca foi a R$ 26 no Sul.

PARA CIMA
Os preços recordes internacionais fazem com que o produto da Argentina e do Uruguai, tradicionais exportadores para o Brasil, vá para outros mercados. Além disso, o produto brasileiro também fica mais competitivo no exterior.

SAFRA
A produção brasileira de arroz deste ano será de 12 milhões de toneladas, com alta de 6%, informou ontem a Conab. Já o consumo será de 13,1 milhões de toneladas, complementado pelas importações, que ficarão próximas de 900 mil toneladas.


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