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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Fiesp cria grupo de credores para cobrar dívidas de Chávez
Se a Petrobras enfrenta problemas para receber o que acha
justo pelas suas duas refinarias
na Bolívia, na Venezuela são as
empresas privadas brasileiras
que estão penando para verem
o dinheiro das suas exportações.
O governo de Hugo Chávez
adotou medidas que estão provocando atrasos de até 180 dias
para pagar às empresas. Os pagamentos atrasados já somam
mais de US$ 100 milhões, quase o mesmo prejuízo que a Bolívia quer impor à Petrobras pela
nacionalização das duas refinarias.
Para ajudar as empresas a encontrar uma saída para essa situação, a Fiesp organizou um
grupo de credores da Venezuela com o objetivo de definir
uma estratégia para convencer
Chávez a liberar mais rapidamente os pagamentos.
O grupo iria se reunir ontem
pela segunda vez, mas o encontro foi adiado para a próxima
semana até que a Fiesp conclua
o levantamento de todas as
pendências da Venezuela.
Segundo Roberto Giannetti
da Fonseca, diretor de comércio exterior da Fiesp, assim que
o trabalho for encerrado, o grupo irá preparar um documento
a ser encaminhado ao Itamaraty e ao Banco do Brasil para
que os dois também se mobilizem para cobrar os pagamentos atrasados da Venezuela.
A grande preocupação é que,
se o atraso se estender por 210
dias, o Banco Central imediatamente carimba a empresa de
inadimplente e ela imediatamente fica impedida de fazer
qualquer exportação.
O problema dos atrasos da
Venezuela começou quando
Chávez criou a Cadivi (Comissão de Administração de Divisas da Venezuela), que funciona como uma espécie de entreposto cambial por onde são liberadas toda as divisas que entram e saem na Venezuela.
Apesar de ter nascido há pouco
mais de dois anos, a Cadivi tem
criado, cada vez mais, barreiras
burocráticas para a transferência das divisas. Os atrasos do
pagamento, que antes eram de
25 dias, hoje já chegam 60, 90 e
até 180 dias.
O presidente da Câmara de
Comércio Brasil-Venezuela,
José Francisco Marcondes, reconhece os atrasos nos pagamentos após a criação da Cadivi, mas diz que, no máximo,
chegam a 40 dias. Também
acha muito elevado o valor de
US$ 100 milhões calculado pela
Fiesp para essas pendências.
Ele afirma ainda que as empresas estão contabilizando esses
atrasos nos preços.
Marcondes diz também que
esse problema não tem afetado
as exportações brasileiras, que
cresceram de US$ 605,7 milhões em 2003 para US$ 3,5 bilhões no ano passado. O fluxo
comercial entre os dois países
soma US$ 4 bilhões, e o Brasil
tem um superávit bastante favorável, de quase US$ 3 bilhões
no ano passado.
Importadora prepara sua turnê de vinhos
A Mistral Importadora se
prepara para o Tour Mistral
2007, que reunirá entre 28
de maio e 2 de junho, vinícolas da África do Sul, Argentina, Austrália, Chile, Espanha, França, Itália, Nova Zelândia, Portugal e Uruguai.
Neste ano, haverá também produtores da Grécia. O
evento irá percorrer as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e
Rio de Janeiro.
Estão programadas a
apresentação de mais de 150
grandes vinhos de cerca de
30 produtores.
O objetivo do evento, segundo Otávio Lilla, um dos
sócios da importadora, "é
permitir que o público conheça pessoalmente os produtores".
A novidade desta edição é
uma maior participação de
produtores do velho mundo.
Mas o foco do evento continua no novo mundo.
Entre os confirmados, estão Ernesto Catena (Tikal),
Estela Perinetti (Caro), Luca Martelli (Sassoaloro) e
Luis Pato (Luis Pato).
NA DEFESA
Em sua 3ª edição do seu relatório de sustentabilidade, o
ABN Amro Real, que é presidido por Fábio Barbosa (Febraban), deu ênfase à polêmica discussão sobre os juros
cobrados pelos bancos. Como se vê no quadro acima, a
instituição procurou mostrar de forma didática que o
banco só fica em média com uma parcela de R$ 9 de cada
R$ 100 da receita dos juros em uma operação de crédito.
GAROA
São Paulo é a primeira cidade brasileira com maior
número de eventos internacionais, segundo levantamento da ICCA (International Congress & Convention
Association). No ano passado, a cidade recebeu 54
eventos internacionais. O
Rio teve a segunda posição,
com 48, e Salvador, a terceira, com 17. Em 2006, o Brasil
subiu do 11º para o sétimo
lugar no levantamento da
ICCA. O país foi palco de 370
eventos internacionais no
ano passado e pode alcançar
a sexta colocação entre os
países com maior número
de eventos do tipo.
O BOM FILHO
Depois da quarentena, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, ex-secretário de política
econômica da Fazenda, já
tem destino certo. Deve voltar a ocupar o cargo de diretor-executivo do Iedi. Edgard Pereira continua como
economista-chefe do Iedi.
NOVOS VÔOS
Três ex-ministros são os
nomes cogitados para ocupar a presidência da Unica
(União da Indústria de Cana-de-Açúcar), no lugar de
Eduardo Pereira de Carvalho. São eles: Roberto Rodrigues, Pratini de Moraes e
Luiz Furlan. Eduardo de
Carvalho abrirá uma trading
do setor com um grupo de
ex-executivos da Coimex.
ARTILHEIRO
O meia Kaká foi procurado nos últimos dias para fechar contrato com uma multinacional de bens de consumo como alimentos, cuidados pessoais e home care.
NO PRATO
No segmento de alimentação, com 4.851 unidades
franqueadas, a média mensal de faturamento chega a
R$ 128,1 mil por unidade.
Empresas de comunicação,
fotografia, gráfica e sinalização têm R$ 130,3 mil. Os dados estão no "Guia de Franquias 2007", que o grupo
Cherto lança nesta semana.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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