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CONJUNTURA
Agência de risco diz que Brasil está vulnerável
DA REDAÇÃO
O Brasil está entre os países
mais vulneráveis ao aumento das
taxas de juros norte-americanas,
disse ontem Roger Scher, analista
da Fitch Ratings -agência de
classificação de risco.
A maioria dos analistas espera
um aumento da taxa básica de juros norte-americana no final deste mês, quando os diretores do Federal Reserve -banco central
dos EUA- se reunirão para avaliar a política monetária no país.
Para o analista, que se reuniu
ontem em Londres com investidores, a fragilidade é explicada
pelo alto endividamento -o Brasil tem uma dívida equivalente a
aproximadamente 80% do PIB
(Produto Interno Bruto, soma
dos valores de todos os bens e serviços finais produzidos no país).
Para alguns analistas, os países
emergentes, como o Brasil, já sofreram os impactos das futuras altas dos juros. Segundo essa avaliação, os mercados já reagiram à expectativa de aumento e, portanto,
não haverá reações fortes quando
elas efetivamente ocorrerem. No
jargão do mercado financeiro, as
altas já foram "precificadas".
Scher faz uma avaliação diferente. "A história mostra que os
aumentos nunca estão totalmente
precificados até eles ocorrerem",
diz o analista.
Para proteger-se contra as turbulências, a Fitch avalia que o
Brasil deveria renovar o acordo
com o FMI (Fundo Monetário Internacional). O anúncio da renovação, diz a agência, aumentaria a
confiança dos investidores.
Scher disse que "o Brasil ainda é
um prisioneiro do sentimento de
mercado. Se o mercado disser que
o Brasil é um cachorro, então o
Brasil é um cachorro".
Com agências internacionais
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