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EUROPA
Cortes de impostos serão suspensos para custear projeto
Novo premiê da França quer usar 4,5 bi para criação de empregos
DA REDAÇÃO
O novo primeiro-ministro da
França, Dominique de Villepin,
prometeu ontem, em discurso no
Parlamento francês, concentrar
seus esforços e recursos disponíveis na diminuição do desemprego no país. Ele disse que vai suspender os cortes em impostos
planejados pelo presidente Jacques Chirac e usar os recursos para criar empregos.
Chirac havia prometido, durante sua campanha à Presidência em
2002, reduzir o Imposto de Renda
em um terço. Até agora, o imposto foi reduzido em 10%, mas o
plano de Chirac era retomar os
cortes no próximo ano.
Villepin disse que quer responder ao "sofrimento, à impaciência
e à raiva" dos eleitores franceses,
que rejeitaram o tratado da Constituição Européia em referendo
no mês passado. O resultado do
referendo foi atribuído em parte
ao descontentamento dos eleitores com a economia e o mercado
de trabalho fracos na França. Villepin substitui Jean-Pierre Raffarin, destituído por Chirac após o
"não" francês.
"Toda a energia de meu governo será posta nessa batalha [por
emprego]. Todo o dinheiro sobrando no Orçamento será dedicado a empregos. A escolha significa que teremos de suspender os
cortes no IR", disse Villepin. O desemprego na França é de 10,2%
-o maior índice em cinco anos.
Villepin disse que a França reservaria 4,5 bilhões para a criação de empregos em 2006 e que
devem ser criadas 100 mil vagas,
principalmente no setor público.
O novo premiê também afirmou que o governo dará 1.000 a
cada pessoa desempregada há
muito tempo que encontrar trabalho.
Outras medidas citadas pelo novo premiê francês para estimular
o mercado de trabalho são regras
mais leves para a contratação por
pequenas empresas e a melhora
do sistema de seguro-desemprego.
Villepin também disse que pretende adaptar o modelo francês
de proteção social para defendê-lo de forças internacionais.
De acordo com o novo primeiro-ministro, a França não vai ultrapassar os limites de déficit fiscal e os gastos do governo no próximo ano não aumentarão mais
que a inflação.
O governo francês também
continuará com seu programa de
privatizações e vai vender participações minoritárias na Electricité
de France, na Gaz de France e em
estradas.
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