|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Justiça fará mutirão para julgar Vasp
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça do Trabalho já organizou um mutirão para conceder
sentenças e tomar todas as providências necessárias em processos
de funcionários contra a Vasp. A
ação começará na segunda-feira.
Ao mesmo tempo, seguindo a
orientação dos sindicatos de trabalhadores do setor, os empregados pedirão, em processos individuais, mas com petições padronizadas, a declaração da "despedida
indireta". A alegação é a de que,
ao atrasar salários e deixar de operar, a empresa deu causa ao fim
do contrato de trabalho, devendo
pagar todas as verbas rescisórias.
Hoje, o juiz Homero Batista, da
14ª vara trabalhista de São Paulo,
manda publicar decisão que dá
início à execução judicial do acordo assinado por Wagner Canhedo. Com isso, bens da Vasp e de
outras empresas de Canhedo, que
já estão indisponíveis, devem ser
penhorados para posterior venda.
Ontem, o juiz deu uma última
chance à Vasp. Canhedo, que era
esperado para uma conversa com
a Justiça e o Ministério Público,
não apareceu. Segundo a Folha
apurou, o empresário disse estar
negociando a venda da aérea a
duas empresas e que entre elas
não está mais a GBDS S.A., que foi
apontada pelo próprio Canhedo
como a futura dona da Vasp.
Joicy von Stwezzer, representante da GBDS, no entanto, continua agindo como compradora,
visitando a Vasp e pedindo prazos
ao juiz para pagar os salários atrasados. "Passamos um sinal [em
dinheiro] para o Canhedo. Se ele
fosse à Justiça, estragaria toda a
negociação", afirmou Joicy, ontem, em uma reunião com sindicalistas a que a Folha teve acesso.
Na sexta passada, Joicy visitou o
clube da Vasp. Funcionários da
aérea contaram que ela bebeu cachaça com eles e foi embora em
um Chevette 1976.
(BL)
Texto Anterior: Crise no ar: Varig quer Ruben Berta fora do controle Próximo Texto: Europa: Novo premiê da França quer usar €4,5 bi para criação de empregos Índice
|