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Mercado Aberto
@ - Guilherme Barros
Informalidade na construção chega a 61%
A informalidade na construção atinge 60,8% da receita do
setor. No de materiais de construção, chega a 27,6%, segundo
estudo feito pela FGV, a pedido
da Abramat (Associação Brasileira de Materiais de Construção) e do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial).
De acordo com o trabalho,
que foi feito com base na POF
(Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE de 2003, do
total de R$ 193,8 bilhões de receita do setor de construção, R$
117,8 bilhões (os 60,8%) foram
obtidos informalmente (sem
pagamento de todos os impostos). Só R$ 76 bilhões foram
formais (sem sonegação).
Já no setor de materiais de
construção, do total de R$ 116,6
bilhões da receita, R$ 84,5 bilhões foram formais e R$ 32,2
bilhões informais.
A FGV calculou também os
efeitos de uma eventual redução do IPI, como a que foi adotada em fevereiro (a "MP do
Bem"), em materiais de construção. A simulação foi feita
também levando em conta a
POF de 2003, um ano cujos resultados não foram muito positivos para o setor. A diminuição
do IPI implicaria um crescimento de 1,7% do PIB e uma expansão de 1,4% do emprego.
O presidente da Abramat,
Melvyn Fox, afirmou que o objetivo, ao levantar a informalidade na construção, não é usar
os dados para promover uma
ação policial contra aqueles
que não pagam impostos. A intenção é mostrar ao governo
que a carga tributária é bastante elevada e, por isso, é alto o nível de informalidade.
Segundo Melvyn Fox, se houvesse uma redução na carga tributária, o estudo mostra que a
economia sairia ganhando. "A
idéia do trabalho é estimular a
inclusão daqueles que atuam
na informalidade, e não a exclusão", diz. A redução do imposto faria a informalidade do
setor de materiais de construção baixar dos 27,6% para 18%.
MULHERES NO COMANDO
As empresárias Silvana Torres e Gisele Lima criaram um
negócio que gerou R$ 150 milhões em 2005, com perspectiva de crescimento de 25% neste ano. Trata-se da Mark Up,
uma agência de "market share", ou marketing de relacionamento: a ponte entre indústrias, canais de escoamento de
venda, rede de fornecedores, revendedores e distribuidores.
Fundada há 12 anos, a agência conta com clientes como
Mercedes-Benz, Brastemp, Embratur, Bauducco, entre outras, e cem funcionários divididos nos escritórios de São
Paulo, Recife, Rio de Janeiro e Brasília.
CLUBE DO MIL
O empresário João Dória
Jr. está organizando um jantar para mil empresários na
última semana de julho, no
Hotel Unique, em São Paulo,
para arrecadar fundos para a
campanha de Geraldo Alckmin. Dória, um dos principais interlocutores de Alckmim junto aos empresários,
quer que o evento sirva como demonstração de força
da candidatura tucana.
ALTO RISCO
Os bancos não estão preocupados apenas com as
ações que poderão desaguar
depois de o STF ter autorizado a aplicação das normas
do Código de Defesa do Consumidor nas relações entre
os clientes e as instituições.
O mais preocupante é a
montanha de ações rescisórias que poderão vir novamente a ingressar na Justiça. Ou seja, aquelas ações
que já foram julgadas e perdidas pelos clientes.
ENERGIA E CIMENTO
A Andrade Gutierrez se
prepara para investida no
setor de energia, com foco
em geração, com intenção
de participar de 50% das novas obras. A empresa criou
diretoria comercial de energia, comandada pelo engenheiro Saulo Queiroz, ex-Eletrobrás.
MAMUTE AÉREO
Manaus receberá um dos
maiores aviões cargueiros
do mundo, o russo Antonov
124, com capacidade para
até 130 toneladas. A aeronave levará 110 toneladas de
equipamentos para as obras
da Usina Termelétrica Manauara na terça-feira.
LEILÃO DE PINGA
Cinco unidades de uma
série especial da cachaça Sagatiba -artesanais e envelhecidas- serão leiloadas na tradicional casa Christie's
de Londres, quarta-feira.
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