São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Eventual quebra levará prejuízo para a União

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Luis Inácio Adams, afirmou ontem que, se a falência da Varig for decretada, a União terá "algum prejuízo", pois o patrimônio líquido da empresa aérea não será suficiente para quitar a dívida da companhia com seus credores.
"A opção de falência é prejudicial para os credores. Alguém sempre perde. Como a dívida da Varig com a União é muito grande, algum prejuízo vai ter. Mas essa é uma fase seguinte, não chegamos lá porque o juiz ainda vai avaliar a proposta", disse o procurador-geral.
Ele acrescentou que, sendo decretada a falência, a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) adotará os instrumentos jurídicos cabíveis para habilitar seus créditos depois que a massa falida for inventariada. Mas Adams lembrou que os trabalhadores são os credores com preferência no acerto das dívidas. Somente depois vêm os créditos tributários.
Ele reconheceu que o parecer elaborado pela PGFN que descarta a sucessão das dívidas da Varig para os compradores da parte saudável da empresa veio tarde. O parecer foi enviado à Justiça anteontem.
Isso, na avaliação dele, pode ter sido um dos elementos que afugentaram os investidores no leilão realizado ontem. "Infelizmente, [o parecer] poderia ter saído antes, mas não foi possível. Esse foi um elemento, mas não é o único. Os potenciais compradores também estavam atentos à viabilidade do negócio." (JULIANNA SOFIA)

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