São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Desigualdade cai menos em grandes cidades

DA SUCURSAL DO RIO

Nas seis maiores metrópoles do país (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre), a queda da desigualdade sofreu uma desaceleração em 2005, segundo o estudo da FGV e do Internacional Poverty Centre.
Desde 2002, a parcela dos 10% mais ricos perdia participação na renda total, ante aumento da fatia apropriada pelos 50% mais pobres. Esse processo sofreu uma reduzida no ano passado.
O percentual da renda apropriada pelos 50% mais pobres era de 10,7% em outubro de 2002. Passou para 12% em igual mês de 2004 e para 12,24% em 2005, num ritmo menor de desconcentração.
Já a participação dos 10% mais ricos na renda total do trabalho estava em 50,1% em outubro de 2002. Esse percentual caiu para 47,27% no mesmo mês de 2004. Em outubro de 2005, atingiu 46,31%.
No ano passado, os ricos continuaram a perder terreno, mas agora mais para a parcela dos 40% intermediários, que ganhou participação no total de rendimento -de 40,74% em outubro de 2004 para 41,45% um ano depois.
Para Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, o aumento do salário mínimo, que era importante instrumento de redução da desigualdade, já não mais se mostra tão eficaz, o que indica que esteja próximo do seu valor máximo considerando as restrições do mercado de trabalho.


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