São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Desvalorização do dólar leva déficit comercial dos EUA a recuo de 6,2%

Jamie Rector - 10.jun.05/Bloomberg News
Navio cargueiro atracado no porto de Los Angeles; déficit dos EUA foi de US$ 58,5 bi em abril


DA REDAÇÃO

A desvalorização do dólar ajudou as exportações dos Estados Unidos a baterem em abril o seu recorde histórico e, conseqüentemente, o déficit comercial americano caiu 6,2% em relação a março -queda maior do que a projetada por analistas.
Os EUA venderam para o exterior US$ 129,5 bilhões no quarto mês do ano (alta de 0,2% em relação ao mês anterior) e compraram US$ 188 bilhões em bens e serviços vindos de fora -queda 1,9% em relação a março. Assim, o déficit comercial do país ficou em US$ 58,5 bilhões -valor superior ao déficit registrado nos dois primeiros meses deste ano.
Além da desvalorização da sua moeda, a queda no volume de importação de petróleo ajudou a reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos. Em abril, foram adquiridos 10,2 milhões de barris por dia, ante 10,5 milhões de barris diários em março. Como o preço do combustível subiu US$ 4,28 nesse período, a redução da importação suavizou o impacto do produto na balança comercial: de US$ 17,19 bilhões para US$ 17,46 bilhões.
No entanto, o déficit com a China, um dos temas mais sensíveis para o governo de George W. Bush, voltou a crescer em abril: se expandiu em 12,3% e atingiu US$ 19,4 bilhões. Até o momento, os chineses venderam US$ 76,3 bilhões a mais do que compraram dos EUA. Esse montante é 11,9% superior ao do mesmo período do ano passado, quando a China conseguiu o maior superávit comercial de um país com os EUA: US$ 232,6 bilhões.
Uma das principais reclamações dos americanos é em relação à moeda chinesa. Segundo os EUA, ela é mantida subvalorizada, favorecendo as exportações asiáticas e prejudicando as exportações americanas.
O déficit com a União Européia e o Japão, respectivamente segundo e terceiro principais parceiros comerciais dos EUA, também cresceu. No primeiro caso, a alta foi de 17,1%, e, no segundo, de 4,5%.
Já o superávit brasileiro caiu de US$ 352 milhões, em março, para US$ 333 milhões, no mês seguinte. No quadrimestre, o Brasil vendeu US$ 655 milhões a mais do que comprou dos Estados Unidos -eram US$ 2,555 bilhões nos quatro primeiros meses de 2006.


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