São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Marinho quer "humanizar" agências

Postos de atendimento terão música ambiente e salas de espera "mais confortáveis", afirma ministro

Objetivo é recuperar a imagem do órgão com a população e, com isso, reduzir os casos de violência contra servidores e peritos


DO "AGORA"

As agências da Previdência Social terão música ambiente agradável e salas de espera mais confortáveis para o atendimento dos segurados, segundo informou o ministro da Previdência, Luiz Marinho.
O objetivo é recuperar a imagem do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com a população e, com isso, reduzir os casos de violência contra servidores e peritos.
"Temos de humanizar o atendimento. A música agradável vai ajudar a acalmar os ânimos dos segurados", disse o ministro, ontem, durante visita feita de surpresa ao posto do INSS em Santo André, na região do ABC paulista.
No mesmo posto, na última quarta-feira, uma médica perita do INSS foi esmurrada por uma segurada e teve descolamento de retina (separação da retina da parte subjacente que a sustenta).
Outra medida apresentada ontem pelo ministro foi a separação das áreas de espera dentro dos postos de atendimento.
Os segurados que aguardam a perícia médica ficarão separados dos segurados que aguardam outros tipos de atendimento.
O ministro destacou que, com a criação da Super-Receita, as agências vão parar de atender as questões relativas às contribuições previdenciárias, deixando mais espaço para os segurados.
Atualmente, 60% dos atendimentos nos postos referem-se a benefícios por incapacidade (como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez) e perícia médica.

Campanha
Durante a visita, o ministro ressaltou que boa parte da população não sabe quais são as regras dos benefícios oferecidos pela Previdência Social.
"Existe uma confusão sobre a função dos benefícios do INSS. É preciso fazer uma ampla campanha de esclarecimento. O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez não são benefícios assistenciais. Eles exigem a contribuição do trabalhador e que haja realmente a incapacidade para o trabalho. A existência de uma doença não garante a concessão do benefício", comentou.
Segundo o ministro, até o final do ano os segurados irão perceber o resultado das medidas para a humanização do atendimento no INSS.
"A meta é que o atendimento fique cada vez mais rápido e qualificado", disse.
O ministro garantiu que os sistemas ficarão mais ágeis. "Com o sistema mais rápido, os servidores poderão concluir um processo de aposentadoria com toda a documentação em ordem em, no máximo, 30 dias", afirmou o ministro.


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