São Paulo, terça-feira, 09 de julho de 2002

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MERCADO TENSO

Missão do presidente do BC é obter apoio para conter a crise no mercado na transição para novo governo

Armínio vai a Köhler, Greenspan e O'Neill

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, chega hoje aos Estados Unidos incumbido de nova missão para tentar conter a crise que atinge o mercado financeiro brasileiro.
Na quinta-feira, Fraga dará entrevista coletiva à imprensa, quando poderá anunciar também novas medidas para acalmar a volatilidade no mercado.
Fraga pode anunciar, por exemplo, o apoio do Fundo a um eventual acordo com os candidatos à Presidência da República para garantir maior tranquilidade (ou menos turbulência) à economia no período de transição para o próximo governo.
A agenda do presidente do Banco Central prevê encontros com os nomes mais importantes da economia americana e mundial. Amanhã, Fraga reúne-se em Washington, separadamente, com o presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan, com o secretário do Tesouro norte-americano (equivalente ao ministro da Fazenda no Brasil), Paul O'Neill, e com o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Köhler.
O primeiro destino de Fraga é Nova York, onde conversará com investidores e com representantes do Fed local.
Amanhã, ele segue para Washington. Na quinta-feira, volta a Nova York, onde realizará nova rodada de encontros com investidores e, mais uma vez, com o Fed local.
Na última vez que foi a Washington, no mês passado, Fraga negociou a antecipação do saque de US$ 10 bilhões a que o Brasil tinha direito no FMI e conseguiu autorização do Fundo para reduzir o piso das reservas em moeda estrangeira do país de US$ 20 bilhões para US$ 15 bilhões, o que liberou mais US$ 5 bilhões para o Banco Central atuar no mercado de câmbio.
A viagem de Fraga ao exterior é parte de uma ação coordenada da equipe econômica do governo brasileiro.
Desde o final de semana, o ministro Pedro Malan (Fazenda) está na Europa, entre outros motivos, para encontrar-se com investidores, também com o objetivo de tranquilizá-los quanto à crise no mercado financeiro brasileiro.



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