DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que não tem conhecimento de nenhuma negociação entre o Brasil e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para um acordo de transição para o próximo governo. Também falou que não comentou sobre o assunto quando esteve reunido com o presidente do México, Vicente Fox, na quarta-feira passada.
Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou ontem à BBC, em Madri, que não descarta um possível acordo de transição. "Essa possibilidade sempre existe", disse Malan, referindo-se ao acordo entre o Brasil e o FMI, que há duas semanas divulgou nota afirmando que vai continuar apoiando o Brasil enquanto o país estiver adotando políticas responsáveis.
Para o ministro, a nota significa que o FMI expressou apoio formal não só para o atual governo, mas também para o próximo, desde que o apoio solicitado seja baseado em um programa sólido.
Malan falou que vê mais pragmatismo e maturidade no debate em torno do futuro da economia brasileira e que os sinais estão vindo dos próprios partidos de oposição. Segundo ele, há uma certa maturidade dos partidos de esquerda, que não estão mais naquela fase de satanização do FMI e que isso é bom para o Brasil.



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