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Equipe econômica nega risco para meta de 2007
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A equipe econômica não vê
riscos de descumprimento da
meta de superávit primário em
2007, mas reconhece que o ritmo de crescimento das despesas correntes do governo tem
que ser contido para não reduzir o potencial de crescimento
da economia.
De acordo com o secretário
do Tesouro Nacional, Carlos
Kawall, o governo já começou a
enfrentar o problema. Uma das
medidas é a proposta de redução desses gastos em 0,1% do
PIB nos próximos três anos, como consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviada
pelo Executivo ao Congresso.
"O gasto corrente hoje é coerente com a meta de superávit
primário, mas, se continuar a
tendência que vem desde 1996,
de fato teremos cada vez menos
espaço para investimentos e
para a desoneração tributária",
explicou o secretário.
O percentual de redução das
despesas proposto pelo governo é considerado baixo pelos
analistas que acompanham o
resultado das contas fiscais.
Neste ano, por exemplo, as
despesas primárias do Tesouro,
da Previdência Social e do Banco Central devem subir de
22,5% do PIB (Produto Interno
Bruto) para 22,8% sem incluir
o pagamento de juros, de acordo com as projeções da economista Sílvia Valadares, do Banco Itaú. Ou seja, o governo levaria três anos, até 2009, para reverter o crescimento dos gastos
de 2006.
Carga tributária
Na avaliação de Kawall, há
consenso na sociedade, no governo e entre os candidatos à
Presidência da República de
que não existe espaço para elevações da carga tributária.
Sem o governo poder arrecadar mais, ele acredita que a discussão sobre a qualidade do
gasto público ganhará cada vez
mais espaço na agenda, e nada
impede que o governo faça cortes maiores que o percentual fixado na LDO.
Para o secretário, porém, essa decisão só poderá ser tomada pelo próximo governo. "Resolvido o quadro eleitoral, é o
momento de discutirmos esse
assunto. É importante não perder este momento para tratar
dos gastos correntes", disse o
secretário.
(LP)
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