São Paulo, quarta-feira, 09 de julho de 2008

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G8 aponta riscos na economia global e critica câmbio na China

DA REUTERS

O grupo dos países mais industrializados (G8) expressou ontem forte preocupação sobre os altos preços dos alimentos e do petróleo, que colocam em risco a economia global -que já passa por sérios apertos financeiros.
Em comunicado divulgado no segundo dia da cúpula anual do grupo, o G8 pediu que a China aprecie o yuan -a moeda do país- e ajude a reduzir os desequilíbrios financeiros globais.
"Em algumas economias emergentes com grandes e crescentes superávits em conta corrente, é crucial que a taxa efetiva de câmbio se mova para que ajustes necessários possam ocorrer", afirmou o G8. No comunicado, não houve menção a nome de nenhum país.
A inclusão da palavra "alguns" marca uma sutil diferença em relação às palavras utilizadas no comunicado do G8 no ano passado, que dizia que as economias em geral precisavam elevar o valor efetivo de suas moedas.
O G8 não fez outras menções de moedas em seu comunicado, mas uma autoridade sênior dos Estados Unidos afirmou que o presidente norte-americano, George W. Bush, reforçou o apoio a um dólar forte durante as conversas.
"O presidente obviamente reafirmou que é de seu interesse um dólar forte, e é seu compromisso um dólar forte", disse Dan Price, assistente de Bush para assuntos econômicos internacionais. "Houve uma conversa geral sobre taxas de câmbios", afirmou.

Riscos persistentes
Os líderes de Japão, Inglaterra, Canadá, Alemanha, França, Itália, Rússia e Estados Unidos afirmaram que estão otimistas sobre a resistência de longo prazo de suas economias e sobre a perspectiva de crescimento global. Mercados emergentes em particular ainda estão crescendo fortemente e sustentam essa confiança.
"Mas a economia global está enfrentando agora incertezas e riscos persistentes. Entre outros pontos, nós demonstramos nossas fortes preocupações com os elevados preços das commodities, especialmente do petróleo e dos alimentos, uma vez que eles impõem um desafio sério para o crescimento estável do mundo todo", afirmou o comunicado do G8.


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