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G8 aponta riscos na economia global e critica câmbio na China
DA REUTERS
O grupo dos países mais industrializados (G8) expressou
ontem forte preocupação sobre
os altos preços dos alimentos e
do petróleo, que colocam em
risco a economia global -que já
passa por sérios apertos financeiros.
Em comunicado divulgado
no segundo dia da cúpula anual
do grupo, o G8 pediu que a China aprecie o yuan -a moeda do
país- e ajude a reduzir os desequilíbrios financeiros globais.
"Em algumas economias
emergentes com grandes e
crescentes superávits em conta
corrente, é crucial que a taxa
efetiva de câmbio se mova para
que ajustes necessários possam
ocorrer", afirmou o G8. No comunicado, não houve menção a
nome de nenhum país.
A inclusão da palavra "alguns" marca uma sutil diferença em relação às palavras utilizadas no comunicado do G8 no
ano passado, que dizia que as
economias em geral precisavam elevar o valor efetivo de
suas moedas.
O G8 não fez outras menções
de moedas em seu comunicado,
mas uma autoridade sênior dos
Estados Unidos afirmou que o
presidente norte-americano,
George W. Bush, reforçou o
apoio a um dólar forte durante
as conversas.
"O presidente obviamente
reafirmou que é de seu interesse um dólar forte, e é seu compromisso um dólar forte", disse
Dan Price, assistente de Bush
para assuntos econômicos internacionais. "Houve uma conversa geral sobre taxas de câmbios", afirmou.
Riscos persistentes
Os líderes de Japão, Inglaterra, Canadá, Alemanha, França,
Itália, Rússia e Estados Unidos
afirmaram que estão otimistas
sobre a resistência de longo
prazo de suas economias e sobre a perspectiva de crescimento global. Mercados emergentes em particular ainda estão
crescendo fortemente e sustentam essa confiança.
"Mas a economia global está
enfrentando agora incertezas e
riscos persistentes. Entre outros pontos, nós demonstramos nossas fortes preocupações com os elevados preços
das commodities, especialmente do petróleo e dos alimentos, uma vez que eles impõem um desafio sério para o
crescimento estável do mundo
todo", afirmou o comunicado
do G8.
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