São Paulo, quarta-feira, 09 de julho de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

O QUE HÁ DE MELHOR
O comércio entre Brasil e países árabes avança ano após ano. Mas, em 2008, a evolução é ainda maior. Afinal, esses países têm tudo o que qualquer outra região do mundo gostaria de ter no momento: o Brasil tem alimentos e minerais; os árabes, petróleo e fertilizantes.

MAIS 30%
Diante dessa complementaridade das economias, Antônio Sarkis Jr., presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, prevê evolução de 30% no movimento comercial entre as duas regiões -a estimativa inicial era de 10%. Essa meta é plausível, se considerado o movimento do primeiro semestre: mais 60%.

DESEQUILÍBRIO
O fluxo entre Brasil e árabes atingiu US$ 9,4 bilhões até junho. O Brasil exportou US$ 4,1 bilhões (mais 28%), mas importou US$ 5,3 bilhões (mais 100%). Entre os destaques estão exportações de carnes (US$ 1,4 bi) e importações de fertilizantes (US$ 563 milhões).

ALIMENTOS
Os árabes compram 90% dos alimentos que consomem e, no primeiro semestre, importaram US$ 2,4 bilhões do Brasil. Carnes, açúcar, leite, mel, café e ovos estiveram entre os principais produtos. No caso de ovos, as importações árabes cresceram 1.989% no semestre.

RECUO NO MILHO
A queda na produção de milho safrinha, devido às geadas no Paraná, vai reduzir a colheita nacional de grãos deste ano em 0,5% em relação às previsões anteriores. O IBGE agora estima a colheita em 143,6 milhões de toneladas; a Conab, em 142,4 milhões.

RITMO DO CAMPO
O acelerado ritmo do campo fez com que a indústria de máquinas e implementos para a agricultura movimentasse R$ 7 bilhões nos últimos 12 meses até maio, 39% mais do que em igual período anterior, conforme dados da Abimaq. O nível de utilização de capacidade instalada, que era de 66% em janeiro de 2007, já está em 80%.

EFEITO DÓLAR
As exportações brasileiras de máquinas e implementos somaram US$ 839 milhões nos últimos 12 meses até maio, com evolução de 69% em relação a igual período anterior. Se o dólar fraco diminui os recursos obtidos em reais, favorece as importações, que subiram para US$ 248 milhões, 92% a mais.

RECUO EM CHICAGO
Clima bom e estimativas de vendas menores, devido a uma eventual queda de demanda mundial, continuam derrubando os preços das commodities. Ontem, o milho recuou para US$ 6,93 por bushel (25,4 quilos), o menor preço desde 10 de junho. A soja, também em queda, foi negociada a US$ 15,61 por bushel (27,2 quilos).


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