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Google cria rival para o Second Life
No mês passado, usuários do Second Life movimentaram US$ 29 milhões
Assim como o Orkut, Lively foi criado por engenheira que usou o tempo livre que o Google dá aos funcionários para projetos pessoais
RAFAEL CAPANEMA
GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Google inaugurou ontem o
Lively (www.lively.com), ambiente virtual em 3D semelhante ao Second Life (SL),
criado pela empresa californiana de tecnologia Linden Lab.
Para usar o serviço, ainda em
fase experimental, é preciso
instalar apenas um complemento para o navegador -o Second Life requer a instalação
de um software completo.
O Lively permite que o usuário interaja com outros internautas em espaços virtuais por
meio de mensagens de texto e
gestos. A aposta do novo serviço do Google é a integração
com páginas da internet -é
possível colocar o Lively em sites e blogs.
Ao contrário do Second Life,
que tem 14 milhões de usuários
cadastrados e moeda própria
(os linden dollars), o Lively não
envolve transações financeiras.
No mês de junho, os usuários
do Second Life movimentaram, entre eles, US$ 29 milhões (a Linden, empresa que
administra o jogo, cobra imposto por algumas transações).
Foi o maior número desde
que os jogos de azar foram banidos do SL, em junho de 2007,
quando US$ 36 milhões circularam entre os usuários.
Atualmente, são 87.867 assinantes do SL que pagam, no
mínimo, US$ 6 por mês para
ter privilégios como compra de
terras. Por enquanto, não existem planos de publicidade dentro do serviço do Google.
O Lively, que tem um visual
mais infantil do que o Second
Life, foi criado pela engenheira
Niniane Wang durante os 20%
da carga horária em que os funcionários do Google podem se
dedicar a seus projetos pessoais. O Orkut também foi desenvolvido dessa forma.
World of Warcraft, outro
universo virtual popular, chegou a 10 milhões de assinantes
em janeiro deste ano, de acordo com a Blizzard, produtora
do videogame. Cada um deles
gasta, no mínimo, com a assinatura, US$ 13 por mês.
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