São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009

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Histórico das previsões feitas pelo Fundo recomenda cautela

De 2001 para cá, organismo errou todas as estimativas para o PIB brasileiro

ALVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

O histórico das previsões realizadas pelo FMI neste século recomenda cautela com as estimativas para a economia mundial apresentadas ontem pelo organismo, especialmente no que se refere aos números apontados para o Brasil.
O Fundo acertou com exatidão apenas uma das suas oito previsões feitas entre 2001 e 2008 para a economia mundial: em 2002, quando o PIB global avançou 2,8%. Considerando uma margem de erro de 0,2 pontos percentuais, a situação melhora: de 2005 a 2007, os números do Fundo bateram com a realidade.
Ainda assim, há casos em que as estimativas do Fundo ficaram muito distantes do que o que ocorreu com a economia mundial. Em 2001, por exemplo, a economia mundial avançou 2,2%, um ponto percentual menos que a previsão do órgão.
As comparações levam em conta apenas a previsão do FMI em abril para o PIB daquele mesmo ano -habitualmente ele faz duas estimativas anuais (a segunda ocorre em outubro). Se forem levadas em conta as estimativas para o ano seguinte, o histórico de acerto do Fundo piora. Em 2005, quando a economia mundial vivia período de calmaria, o FMI disse que o PIB global cresceria 4,4% no ano seguinte. Errou: o avanço foi de 5,1%.
Para o Brasil, a situação piora ainda mais: mesmo levando uma margem de erro de 0,2 ponto percentual, em nenhuma das previsões feitas em abril o FMI acertou o resultado para o PIB do país.
A estimativa mais próxima ocorreu no ano passado, quando a economia brasileira se expandiu em 5,1%, 0,3 ponto percentual mais que a previsão do FMI. Entre 2001 e 2008 (desconsiderando 2007, por mudança de cálculo do IBGE), esse foi o único caso em que o erro foi inferior a 0,5 ponto percentual -a diferença foi de 3,2 pontos percentuais em 2001.


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