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Histórico das previsões feitas pelo Fundo recomenda cautela
De 2001 para cá, organismo errou todas as estimativas para o PIB brasileiro
ALVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO
O histórico das previsões realizadas pelo FMI neste século
recomenda cautela com as estimativas para a economia mundial apresentadas ontem pelo
organismo, especialmente no
que se refere aos números
apontados para o Brasil.
O Fundo acertou com exatidão apenas uma das suas oito
previsões feitas entre 2001 e
2008 para a economia mundial:
em 2002, quando o PIB global
avançou 2,8%. Considerando
uma margem de erro de 0,2
pontos percentuais, a situação
melhora: de 2005 a 2007, os
números do Fundo bateram
com a realidade.
Ainda assim, há casos em que
as estimativas do Fundo ficaram muito distantes do que o
que ocorreu com a economia
mundial. Em 2001, por exemplo, a economia mundial avançou 2,2%, um ponto percentual
menos que a previsão do órgão.
As comparações levam em
conta apenas a previsão do FMI
em abril para o PIB daquele
mesmo ano -habitualmente
ele faz duas estimativas anuais
(a segunda ocorre em outubro).
Se forem levadas em conta as
estimativas para o ano seguinte, o histórico de acerto do Fundo piora. Em 2005, quando a
economia mundial vivia período de calmaria, o FMI disse que
o PIB global cresceria 4,4% no
ano seguinte. Errou: o avanço
foi de 5,1%.
Para o Brasil, a situação piora
ainda mais: mesmo levando
uma margem de erro de 0,2
ponto percentual, em nenhuma das previsões feitas em abril
o FMI acertou o resultado para
o PIB do país.
A estimativa mais próxima
ocorreu no ano passado, quando a economia brasileira se expandiu em 5,1%, 0,3 ponto percentual mais que a previsão do
FMI. Entre 2001 e 2008 (desconsiderando 2007, por mudança de cálculo do IBGE), esse
foi o único caso em que o erro
foi inferior a 0,5 ponto percentual -a diferença foi de 3,2
pontos percentuais em 2001.
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