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Ford faz recall de 102 mil Fiesta e EcoSport no país
Convocação, a 2ª maior do ano, é para trocar reservatório de gasolina da partida a frio
Bicombustíveis 1.6 feitos entre 16 de agosto de 2004 e
29 de abril de 2006 podem
apresentar defeito que causa
instabilidade no motor
ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Ford anunciou ontem um
recall que deve envolver
102.004 automóveis. É a segunda maior convocação da indústria automobilística brasileira
no ano.
O problema que motivou o
recall da Ford foi identificado
no reservatório de gasolina da
partida a frio. Segundo a montadora, a peça (assemelhada a
um botijão de plástico) pode
apresentar fissuras e, conseqüentemente, vazamentos. Se a
gasolina da partida a frio vazar,
o carro pode apresentar dificuldade para o acionamento ou
instabilidade de funcionamento do motor.
Os veículos convocados são
os de motor 1.6 flex dos modelos Fiesta (até o número de
chassis 78489597) e EcoSport
(até o número 78763369). Os
automóveis com o potencial
defeito foram fabricados entre
16 de agosto de 2004 e 29 de
abril de 2006.
Serviços
As inspeções nos distribuidores da Ford devem ser iniciadas
no próximo dia 14. Segundo a
Ford, por não se tratar da parte
mecânica do motor, o procedimento é rápido: o tempo estimado para a vistoria e a substituição da peça é de 50 minutos.
A assessoria da Ford recomendou que os clientes façam
agendamento prévio (pelo telefone 0800 703-3673) para evitar filas. Não há prazo de validade para o atendimento.
Não bastasse a grande proporção desse recall -que, comparado aos dados do Departamento de Proteção e Defesa do
Consumidor, ligado ao Ministério da Justiça, é o quarto
maior em volume de veículos
desde 2000-, este ano já viu
uma campanha maior. Foi o recall realizado pela Volkswagen
em maio, que envolveu 122.900
automóveis. O maior recall do
país foi em 2000, quando mais
de 1 milhão de veículos GM foram chamados para vistoria devido a um potencial defeito
com o cinto de segurança.
Os recalls atendem a uma
exigência do Código de Defesa
do Consumidor, pela qual o fabricante deve comunicar aos
clientes a descoberta de que
seu produto oferece risco à segurança do usuário.
Segundo o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do
Consumidor) de São Paulo, não
houve reclamações referentes
especificamente a recalls no
primeiro semestre deste ano.
No entanto, a fundação esclareceu que eventuais problemas
podem ter se manifestado de
formas diferentes. Entre carros
novos, a rubrica "produto entregue com efeito" lidera, com
52% das reclamações.
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