São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2006

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Ford faz recall de 102 mil Fiesta e EcoSport no país

Convocação, a 2ª maior do ano, é para trocar reservatório de gasolina da partida a frio

Bicombustíveis 1.6 feitos entre 16 de agosto de 2004 e 29 de abril de 2006 podem apresentar defeito que causa instabilidade no motor


ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Ford anunciou ontem um recall que deve envolver 102.004 automóveis. É a segunda maior convocação da indústria automobilística brasileira no ano.
O problema que motivou o recall da Ford foi identificado no reservatório de gasolina da partida a frio. Segundo a montadora, a peça (assemelhada a um botijão de plástico) pode apresentar fissuras e, conseqüentemente, vazamentos. Se a gasolina da partida a frio vazar, o carro pode apresentar dificuldade para o acionamento ou instabilidade de funcionamento do motor.
Os veículos convocados são os de motor 1.6 flex dos modelos Fiesta (até o número de chassis 78489597) e EcoSport (até o número 78763369). Os automóveis com o potencial defeito foram fabricados entre 16 de agosto de 2004 e 29 de abril de 2006.

Serviços
As inspeções nos distribuidores da Ford devem ser iniciadas no próximo dia 14. Segundo a Ford, por não se tratar da parte mecânica do motor, o procedimento é rápido: o tempo estimado para a vistoria e a substituição da peça é de 50 minutos.
A assessoria da Ford recomendou que os clientes façam agendamento prévio (pelo telefone 0800 703-3673) para evitar filas. Não há prazo de validade para o atendimento.
Não bastasse a grande proporção desse recall -que, comparado aos dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, ligado ao Ministério da Justiça, é o quarto maior em volume de veículos desde 2000-, este ano já viu uma campanha maior. Foi o recall realizado pela Volkswagen em maio, que envolveu 122.900 automóveis. O maior recall do país foi em 2000, quando mais de 1 milhão de veículos GM foram chamados para vistoria devido a um potencial defeito com o cinto de segurança.
Os recalls atendem a uma exigência do Código de Defesa do Consumidor, pela qual o fabricante deve comunicar aos clientes a descoberta de que seu produto oferece risco à segurança do usuário.
Segundo o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo, não houve reclamações referentes especificamente a recalls no primeiro semestre deste ano. No entanto, a fundação esclareceu que eventuais problemas podem ter se manifestado de formas diferentes. Entre carros novos, a rubrica "produto entregue com efeito" lidera, com 52% das reclamações.


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