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Risco-país volta ao nível pré-tubulência
Indicador recua 9,79%, para 175 pontos; mercado mantém otimismo com nota do Fed, e Bolsa de SP avança 2,67%
Risco chegou a 222 pontos
no dia 26; com agenda
econômica vazia, ações
sobem na Europa e nos EUA,
e dólar cai 1,05%, a R$ 1,887
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Amparada no bom desempenho do mercado acionário
mundial, a Bolsa de Valores de
São Paulo teve ontem seu melhor pregão de agosto, ao registrar valorização de 2,67%.
O risco-país brasileiro teve
queda considerável, de 9,79%, e
retornou aos níveis praticados
antes de a recente turbulência
começar a sacudir o mercado.
No fim do dia, o indicador de
risco apontava 175 pontos, menor patamar desde 23 de julho.
Com a agenda econômica livre de dados que pudessem estressar os investidores, o mercado não encontrou empecilhos para conquistar ganhos.
O mercado europeu abriu
embalado, repercutindo positivamente a nota divulgada pelo
Fed (o banco central dos EUA)
após sua reunião na tarde de
terça, quando os juros do país
foram mantidos em 5,25%
anuais, e teve seu melhor dia
em duas semanas.
O índice FTSEurofirst 300,
que reúne as principais ações
de européias, subiu 1,96%.
A Bolsa de Valores de Paris
subiu 2,29%; Londres deu ganho de 1,35%; e, em Frankfurt,
a elevação foi de 1,23%.
Em Nova York, a Bolsa eletrônica Nasdaq se destacou,
com valorização de 2,01%. O índice Dow Jones, que reúne as
ações norte-americanas de
maior peso, subiu 1,14%.
"O principal evento da semana foi a reunião do Fed, que
acabou por não trazer surpresas desagradáveis, como alguns
temiam. Como os preços de
muitos ativos ficaram baixos
com as quedas recentes, o clima
mais tranqüilo estimulou as
compras e favoreceu a recuperação", afirma Newton Rosa,
economista-chefe da Sul América Investimentos.
O mercado financeiro global
tem enfrentado pregões de
muita oscilação desde 24 de julho. Temores de que os problemas de solvência nos créditos
hipotecários dos clientes norte-americanos de maior risco
se espalhassem para outros
segmentos da economia levaram investidores a se desfazerem de ações e títulos de dívida.
A pesada venda de títulos da
dívida brasileira fez com que o
risco-país disparasse e batesse
em seu maior nível do ano, de
222 pontos, em 26 de julho. O
risco-país é medido pelo banco
JP Morgan a partir de uma cesta de papéis da dívida externa.
Quando os investidores se
desfazem dos títulos, o risco se
eleva. Ontem, os papéis da dívida externa do Brasil foram procurados com maior apetite, e o
risco caiu fortemente.
Com o mercado menos tenso, o dólar não ofereceu resistências. Vendido a R$ 1,887,
terminou em queda de 1,05%.
As ações subiram em bloco
no pregão da Bolsa ontem. Apenas dois papéis -entre os 59
que compõem o Ibovespa- terminaram em baixa: Cosan ON
(-1,81%) e Gol PN (-0,64%).
No topo das alta, apareceu
TIM Participações ON (7,83%).
Ontem, as ações da B2W
Companhia Global passaram a
ser negociadas na Bolsa e subiram 1,78%. A empresa foi criada a partir da fusão do Submarino com a Americanas.com. Os
novos papéis substituíram as
ações ON do Submarino.
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