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Indústria de alimentos tem alta de 4,6% no semestre
Exportação de derivados de carne puxou crescimento
DA REDAÇÃO
A recuperação das exportações de derivados de carne impulsionou a indústria da alimentação no primeiro semestre, que faturou R$ 103,8 bilhões, com alta de 8,2% em valores nominais e, descontada a
inflação, de 4,6% com relação a
igual período em 2006. Em volume, o aumento foi de 5,8%.
O presidente da Associação
Brasileira das Indústrias da Alimentação, Edmundo Klotz,
aponta a recuperação de mercados externos que suspenderam as restrições sanitárias como um dos motivos. O faturamento nominal (R$ 15,96 bilhões) das exportações desses
derivados, que incluem carne
bovina, suína e de aves, cresceu
18,1%. Enquanto o mercado interno ficou estável (0,9%), as
exportações tiveram expansão
de 29,4%. O aumento foi expressivo, apesar da desvalorização do dólar, porque houve melhora no preço internacional.
O segundo maior crescimento foi registrado no segmento
de chocolate, cacau e balas
(17,2%), o que sugere um direcionamento do aumento de
renda do trabalhador, segundo
o economista da FGV, André
Braz, para os supérfluos. Ele
explica que há "um certo limite" para melhorar a qualidade
dos alimentos consumidos, já
que a tendência é gastar essa
renda extra com bens duráveis.
No mercado interno, o "food
service" (refeições fora do lar)
foi apontado por Klotz como
um dos alavancadores do consumo. No primeiro semestre,
houve crescimento de 9,7% no
faturamento.
(TATIANA RESENDE)
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