São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Vaivém das commodities

ATÉ CHÁVEZ
Uma empresa brasileira está prestes a exportar uma usina de álcool para a Bolívia, país de Evo Morales, crítico do combustível verde. O curioso é que essa exportação será financiada pelo ainda mais crítico Hugo Chávez, da Venezuela.

NO RETROVISOR
Voltada mais para as exportações de produtos de valor agregado, a Argentina deixou o Brasil para trás no processamento de soja. Nos primeiros seis meses deste ano, os argentinos processaram 16,3 milhões de toneladas da oleaginosa, volume superior aos 15 milhões do Brasil.

BEM DIFERENTE
O cenário atual é bem diferente do registrado em 2000. De janeiro a junho daquele ano, os brasileiros processaram 10,6 milhões de toneladas e os argentinos, 7,6 milhões. De lá para cá, o Brasil aumentou em 42% o volume processado, os argentinos elevaram-no em 114%.

CAPACIDADE MENOR
O Brasil, líder no processamento de soja no início da década, perdeu essa liderança para os argentinos, que já planejam importar 3 milhões de toneladas da oleaginosa dos países vizinhos nos próximos anos devido ao aumento da capacidade instalada.

400% A MAIS
Em 2000, o Brasil tinha capacidade para esmagar 127 mil toneladas de soja por dia, e os argentinos, 93 mil. No ano passado, os brasileiros ficavam nos 144 mil, enquanto os argentinos subiram para 157 mil. O processamento diário de soja cresceu 86% no Brasil, de 1990 a 2006. Na Argentina, a alta foi de 400% no período.

SUCO CAI
Previsão de demanda menor nos EUA provocou queda de 6,8% no preço do suco de laranja, ontem em Nova York. O suco estava em alta por se acreditar que tempestades e doenças prejudicariam os pomares da Flórida, diz a Bloomberg.

CHEGA A R$ 66
A arroba do boi gordo bateu em R$ 66 ontem no mercado paulista. José Vicente Ferraz, do Instituto FNP, diz que a tendência é de novas altas e a arroba poderia chegar a R$ 70 nos próximos meses. Essa continuidade de alta, no entanto, depende da posição dos pecuaristas.

ACREDITAR
Ferraz diz que, se os pecuaristas acreditarem nessa tendência de alta, vão segurar a oferta. Com isso, os preços se manterão elevados. Ao contrário, se os pecuaristas apostarem em novo recuo, vão continuar colocando matrizes no mercado, derrubando os preços. Se isso ocorrer, o início de novo ciclo e a recuperação dos preços ficam para 2008.


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