DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O lançamento de bônus no mercado internacional é a maneira mais usada pelo governo brasileiro para obter empréstimos no exterior: o país vende os papéis para investidores, se comprometendo a devolver o dinheiro no futuro, acrescido de uma determinada taxa de juros.
Os recursos obtidos com esses empréstimos, por sua vez, são depositados nas reservas internacionais do país -uma espécie de poupança em moeda estrangeira mantida pelo governo.
O uso do dinheiro das reservas é bastante limitado: o governo pode destiná-lo ao pagamento de juros e de parcelas da dívida externa. Além disso, o BC pode usar os recursos para intervir no mercado cambial -quando compra e vende dólares para tentar controlar a cotação da moeda dos EUA.
Por um lado, o lançamento de bônus aumenta a dívida externa do governo. Em maio, o endividamento do setor público no exterior somava US$ 114,7 bilhões -outros US$ 92,56 bilhões são dívidas do setor privado. Neste ano, o governo federal deve gastar US$ 12,29 bilhões com o pagamento da dívida externa, excluídas as obrigações assumidas com o FMI. Desse valor, US$ 6,903 bilhões se referem a vencimentos efetivos de parcelas da dívida, e US$ 5,387 bilhões, a despesas com juros.


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