São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

MAIOR QUEDA
O furacão Ike não provocou o estrago que se imaginava na Flórida, principal região produtora de cítricos dos EUA. Com isso, as cotações do suco de laranja tiveram a maior queda em nove anos na Bolsa de Commodities de Nova York.

RECUO DE 9%
O primeiro contrato do suco recuou para 98,5 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 9,2%. Em relação a setembro de 2007, a queda é de 21%. O menor preço registrado neste ano foi de 97,95 centavos de dólar, em 5 de agosto.

LEILÕES DA CONAB
A Conab realiza, nesta semana, a oferta de contratos públicos de opção de venda para 100 mil toneladas de trigo; contratos privados de opção de venda para 50 mil toneladas de milho e Prop (Prêmios de Risco para Aquisição de Produtos) para 54 mil toneladas de milho.

ISENÇÃO INCOMPLETA
A redução a zero da tarifa de importação de insumos para ração animal, como o fosfato bicálcio, o ácido fosfórico e o ácido sulfúrico, não basta para o setor. "Para surtir impacto real, falta suprimir o PIS/Cofins, além de excluir o AFRMM (adicional da Marinha Mercante), diz Elizabeth Chagas, da EC Assessoria e Consultoria.

DEMANDA MAIOR
O consumo global de carnes deve subir 20% até 2015, devido à demanda chinesa, apesar da desaceleração econômica mundial, segundo Richard Brown, da agência de pesquisa Gira, de Genebra. Entre 2005 e 2015, o consumo mundial cresce 50 milhões de toneladas, para 315 milhões, disse à Reuters.

MAIS POPULAR
A carne suína continuará a mais popular do mundo, apesar das barreiras religiosas e culturais. Mas o crescimento a longo prazo será levemente menor do que o de aves, opção mais barata em relação à carne bovina e à de cordeiro, disse Brown.

PETRÓLEO AJUDA
Para Brown, além da China, é esperado forte crescimento no Oriente Médio e no norte da África, onde o consumo será estimulado por preços recordes do petróleo e das commodities. Há o crescimento de uma classe média emergente que deseja comprar alguns tipos de carne mais caros, diz Brown.

AINDA EM ALTA
As receitas com as exportações do agronegócio se mantêm aquecidas. Na primeira semana deste mês a Secex registrou ganhos de 112% em relação a setembro de 2007; 72% nas carnes; e 35% no café.

TRIGO CAI
Dólar forte, produção global maior e exportações americanas menores derrubaram os preços do trigo nos EUA. Por aqui, o anúncio do leilão da Conab segurou os preços.


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