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CARTEL DAS VITAMINAS
Farmacêuticas negociam indenização para pôr fim a ação judicial
Basf e Roche propõem dar US$ 1,1 bi contra processo
das agências internacionais
As farmacêuticas alemã Basf e a
suíça Hoffman LaRoche, acusadas de formação de cartel no mercado de vitaminas, propuseram
ontem pagar indenização de cerca
de US$ 1,1 bilhão para encerrar o
processo judicial movido pelos
consumidores.
A indenização prevista no acordo, que deve ser concluído nas
próximas semanas, é a maior já
paga nos EUA em um acordo judicial. "Há um acordo verbal em
quase todos os termos do processo", disse Michael Hausfeld, um
dos principais advogados dos autores da ação.
O processo foi movido pela Coca-Cola, Kellogg's e empresas
produtoras de ração animal, que
utilizam vitaminas em seus produtos.
As duas farmacêuticas européias já foram condenadas pelo
Departamento de Justiça norte-americano a pagar multa recorde
de US$ 725 milhões por prática
comercial desleal.
A Basf, a Hoffman LaRoche
-braço da Roche Holding- e a
francesa Rhone-Poulenc atuaram
em conjunto entre janeiro de 1990
e fevereiro de 1999 para combinar
os preços das vitaminas A, B2, B5,
C e E, normalmente usadas para
enriquecer pães, leites e cereais ou
tomadas como pílulas.
A Hoffman e a Basf não admitiram a formação de cartel e foram
condenadas, respectivamente, a
pagar multa de US$ 500 milhões
-a maior condenação por um
crime federal na história- e de
US$ 225 milhões.
A Rhone, por outro lado, conseguiu escapar da punição por ter
contribuído com as investigações
das autoridades norte-americanas. As informações fornecidas
pelo grupo francês permitiram ao
Departamento de Justiça norte-americano desmantelar o cartel.
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