São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
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CARTEL DAS VITAMINAS
Farmacêuticas negociam indenização para pôr fim a ação judicial
Basf e Roche propõem dar US$ 1,1 bi contra processo

das agências internacionais

As farmacêuticas alemã Basf e a suíça Hoffman LaRoche, acusadas de formação de cartel no mercado de vitaminas, propuseram ontem pagar indenização de cerca de US$ 1,1 bilhão para encerrar o processo judicial movido pelos consumidores.
A indenização prevista no acordo, que deve ser concluído nas próximas semanas, é a maior já paga nos EUA em um acordo judicial. "Há um acordo verbal em quase todos os termos do processo", disse Michael Hausfeld, um dos principais advogados dos autores da ação.
O processo foi movido pela Coca-Cola, Kellogg's e empresas produtoras de ração animal, que utilizam vitaminas em seus produtos.
As duas farmacêuticas européias já foram condenadas pelo Departamento de Justiça norte-americano a pagar multa recorde de US$ 725 milhões por prática comercial desleal.
A Basf, a Hoffman LaRoche -braço da Roche Holding- e a francesa Rhone-Poulenc atuaram em conjunto entre janeiro de 1990 e fevereiro de 1999 para combinar os preços das vitaminas A, B2, B5, C e E, normalmente usadas para enriquecer pães, leites e cereais ou tomadas como pílulas.
A Hoffman e a Basf não admitiram a formação de cartel e foram condenadas, respectivamente, a pagar multa de US$ 500 milhões -a maior condenação por um crime federal na história- e de US$ 225 milhões.
A Rhone, por outro lado, conseguiu escapar da punição por ter contribuído com as investigações das autoridades norte-americanas. As informações fornecidas pelo grupo francês permitiram ao Departamento de Justiça norte-americano desmantelar o cartel.


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