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Meta para a balança será novamente revista
da Sucursal de Brasília
O governo deve rever com o
FMI (Fundo Monetário Internacional) a estimativa de superávit
comercial de US$ 3 bilhões no ano
estabelecida no acordo emergencial de ajuda ao país.
Hoje chega ao Brasil uma missão do Fundo encarregada de fazer a quarta avaliação do acordo
pelo qual o FMI e outras instituições financeiras internacionais
concederam um empréstimo de
US$ 41,5 bilhões ao Brasil.
O grupo, chefiada pela economista Teresa Ter-Minassian, vai
fiscalizar o cumprimento das metas fixadas e eventualmente rever
previsões que ficaram defasadas.
Amanhã, a missão do FMI tem
reunião marcada com o ministro
Pedro Malan (Fazenda) e seus
principais secretários. Na segunda-feira, o encontro será com o
ministro Martus Tavares (Orçamento e Gestão). Ele fará uma exposição do Orçamento do ano
2000 e da execução do Orçamento
deste ano.
Previsões
As estimativas do FMI para a
balança comercial -que chegaram a ser de um superávit de US$
11 bilhões- são considerados irreais pelo próprio governo brasileiro. A estimativa do Banco Central é que, em 99, as exportações
brasileiras superem as importações em US$ 1,5 bilhão. De janeiro
a agosto, o país registrou um déficit comercial acumulado de US$
706 milhões.
Em comunicado divulgado ao
final da terceira avaliação do acordo, ocorrida em julho, o FMI previu que o saldo comercial começaria a apresentar uma recuperação a partir do meio do ano.
Em agosto, no entanto, as importações cresceram pela primeira vez desde a maxidesvalorização
do real, ocorrida em janeiro passado, e o país voltou a ter déficit
(US$ 181 milhões).
No acordo com o FMI, os números da balança comercial representam apenas uma estimativa.
A meta que o país precisa cumprir, no ano, para ter direito a
continuar sacando as parcelas do
empréstimo é a de superávit primário do setor público (o que o
governo economiza para cobrir
suas despesas com juros), que deve ficar em 3,1% do PIB (Produto
Interno Bruto, conjunto de riquezas produzidas no país), ou R$
30,185 bilhões.
O Brasil já sacou US$ 19,2 bilhões do total de US$ 41,5 bilhões
a que teria direito no acordo com
o FMI. Em agosto, o país dispensou a terceira parcela do empréstimo, no valor de US$ 4,355 bilhões.
LEIA MAIS sobre balança
comercial no Painel S/A, pág. 2-2
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