|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Após cinco dias de alta, Bolsa 'realiza lucro'
da Reportagem Local
A "realização de lucros" fez
com que a Bolsa de Valores de
São Paulo registrasse recuo de
0,84%.
Após ter apresentado alta nos
cinco pregões anteriores, os investidores aproveitaram o dia para vender ações valorizadas e embolsar parte da lucratividade obtida no período.
A expectativa criada pela espera
do discurso do presidente do Fed
(o banco central dos EUA), Alan
Greenspan, e pela reunião ministerial em Brasília cercaram os trabalhos pela manhã.
Greenspan falou, mas não cogitou de novo aumento nos juros
norte-americanos, tranquilizando a Bolsa de Valores de Nova
York (operava em baixa, mas fechou positiva em 0,02%). A reunião ministerial transcorreu sem
grandes novidades. Assim, a Bovespa encontrou tempo para reduzir o ritmo de queda. O recuo
havia chegado a 1,63%.
O volume financeiro foi de R$
516,765 milhões (9,5 vezes maior
do que o giro de segunda-feira).
"O volume diz tudo. Ele foi
muito bom, em um dia irregular,
marcado pela realização de lucros e pela expectativa interna e
externa. Não há inconveniente
em trabalhar com um dia de queda. A tendência é de recuperação
a partir de amanhã", disse Charles Phillipps, da SLW Corretora.
Os C-Bonds, títulos da dívida
brasileira mais comercializados
no exterior, atingiram ontem sua
maior cotação desde 7 de julho.
Os papéis foram vendidos a
62,81% do valor de face. Os C-
Bonds funcionam como termômetro da economia brasileira no
exterior. Quanto menor o deságio, maior a confiança depositada na economia brasileira.
A relativa calma apresentada
pela América Latina nos últimos
dias e a divulgação do Plano Plurianual (PPA) do presidente Fernando Henrique Cardoso voltaram a injetar uma dose de confiança nos investidores externos.
A fala do presidente do Fed
também ajudou os papéis brasileiros. Ao não sinalizar um aumento nos juros norte-americanos, os investidores deixaram de
lado os T-Bonds (papéis do Tesouro dos EUA) e migraram para
os papéis de países emergentes.
Os C-Bonds chegaram a ser cotados a 58,19% no mês passado.
(MARCELO DIEGO)
Texto Anterior: Cenário internacional: Tecnologia pode manter ritmo de crescimento, diz Greenspan Próximo Texto: Conjuntura: Produção industrial cai 3,5% até julho Índice
|