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CONJUNTURA
Ritmo de queda mensal foi menor em julho; no ano, porém, desaceleração foi maior, constata IBGE
Produção industrial cai 3,5% até julho
MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local
A indústria nacional continuou
produzindo menos em julho, mas
o ritmo de queda foi menor do
que em junho, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em julho, a queda geral da indústria foi de 0,6% em relação a
junho, mês em que a indústria havia produzido menos 1,3% na
comparação com maio.
A produção de julho ficou 5,3%
abaixo daquela registrada no
mesmo mês de 98 -em junho,
essa comparação mostrava queda
de 2,9%. Os 5,3% representam a
maior queda mensal neste ano
em relação a 98.
A indústria de transformação
teve queda de 6,5% em julho,
completando o 14º mês consecutivo de queda na comparação
com os mesmos meses dos anos
anteriores.
O acumulado de janeiro a julho
deste ano mostra queda de 3,5%
em relação aos sete primeiros meses de 98. Ao final do primeiro semestre a taxa negativa estava em
3,2%.
O chefe do Departamento de Indústria do IBGE, Silvio Sales, diz
que será difícil a indústria nacional fechar o ano com produção
até mesmo igual à do ano passado. "A queda de 3,5% até julho é
um piso e a taxa zero é o teto."
Sales observa que os números
do segundo semestre serão favorecidos por um desvio estatístico.
"A base de comparação é o segundo semestre do ano passado, que
apresentou desempenho muito
ruim."
Para que o ano feche com estabilidade (produção igual à de 98),
Sales diz que a média mensal da
produção industrial neste semestre precisa ser 4,9% maior do que
a média mensal registrada no ano
passado.
Nos últimos 12 meses até julho a
produção industrial do país foi
3,9% inferior ao do período anterior -em junho, essa queda estava em 3,4%.
Desempenhos
A queda da produção em julho,
segundo o IBGE, reflete o comportamento negativo de 13 dos 20
setores pesquisados (em junho, 12
setores tiveram baixa). As principais quedas foram na indústria
química (2,8%), produtos alimentares (3,7%) e mecânica
(3,8%).
Entre os setores que aumentaram a produção estão o de material elétrico e de comunicações,
com 5,3%, e fumo, com 17,4%.
Por categorias de uso, apenas os
bens de consumo duráveis mostraram crescimento, com 5%. Os
bens de capital registram queda
de 4%; bens intermediários, de
0,5%, e bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, de 0,7%.
Colaborou o FolhaNews
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